Ainda hoje, os alimentos são categorizados entre os que “podem e não podem”, os “vilões e mocinhos”, os que “engordam e emagrecem”, “saudáveis e não saudáveis”. Basta você sair pra comer com os amigos que em pouco tempo, o assunto deixa de ser as novidades da vida de cada um e a conversa é tomada pelas receitas infalíveis para comer de forma perfeitamente saudável.
Confira aqui 2 passos para diminuir a compulsão alimentar:
1º passo: Pare de criminalizar os alimentos
Não existem alimentos vilões. A Associação Americana de Diabetes e a Nutrição Comportamental® acreditam que nenhum alimento por si só causa malefícios ou benefícios à saúde: alimentos são simplesmente A-LI-MEN-TOS!
Assim, a não ser que você esteja internado, passe por alguma cirurgia, esteja em estado crítico ou com alergia alimentar, QUALQUER ALIMENTO PODE FAZER PARTE DE HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS. Aqui, estou falando, por exemplo, da pizza, do brigadeiro, do chocolate, entre outros que são demonizados por muitos.
2º passo: Não tente se controlar
O grande problema de dividir os alimentos entre “permitidos” e “proibidos”, é que num primeiro momento até conseguimos nos controlar, comendo somente os permitidos, mas de repente, o desejo e a ansiedade por aqueles considerados “proibidos” chega sem pedir licença, levando ao descontrole, aí você come em excesso, se sente culpado e fracassado e tenta se controlar mais ainda. Reparou que quanto maior a tentativa de controle, maior também o descontrole? Tal fato é evidenciado em um estudo que provou que crianças “reguladas” com comida pelos seus pais, na tentativa de serem mais preocupadas com a alimentação, acabaram ficando com medo de não ter o suficiente para comer e mais susceptíveis a comer demais quando tiveram oportunidade. Outro estudo com meninas com sobrepeso evidenciou que aquelas cujas mães impunham restrições alimentares apresentaram maior ingestão alimentar na ausência de fome quando expostas a alimentos altamente palatáveis do que crianças que sofriam menos restrição.
O grande segredo é o quanto e a forma como comemos os alimentos. Assim, se tornam extremamente importantes a presença do nutricionista como orientador da quantidade ideal de cada alimento para você e a aplicação de técnicas de nutrição comportamental no dia a dia, como o Comer Intuitivo e o Comer Consciente.
Melhore sua relação com a comida. Busque prazer e faça as pazes com ela!
Patrícia Ito
CRN3- 43825
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, M. et al. Nutrição comportamental. São Paulo: Editora Manole, 2015. 549p.
BIRCH, L. L.; FISHER, J. O.; DAVISON, K. K. Learning to overeat: maternal use of restrictive feeding practices promotes girls’ eating in the absence of hunger. Am J Clin Nutr., v. 78, n. 2, p. 215-20, ago. 2003.
SATTER, E. M. Eating competence: definition and evidence for the Satter Eating competence: definition. J Nutr Educ Behav., v. 39, p. 142-53, set. 2007.