Como precificar a consulta é uma dúvida bastante comum entre os profissionais da saúde — o que não poderia ser diferente para os nutricionistas. Isso porque é algo complexo e que envolve diversos fatores, como valor da hora trabalhada, investimentos em capacitação, especialidades, entre outros elementos.
Contudo, não se preocupe. Para lhe auxiliar nessa missão, preparamos no artigo de hoje 4 dicas relevantes para a realização de uma precificação justa do seu serviço. Tem interesse? Continue a leitura!
O que envolve a precificação de um serviço?
Primeiramente, é preciso entender que a precificação de um serviço e de um produto não é a mesma coisa, uma vez que o segundo tem o processo de produção padronizado e atende às necessidades de diferentes perfis de consumidores.
Então, o valor da consulta nutricional varia bastante conforme uma série de fatores. Entre eles:
- especialidade, capacitação e experiência do nutricionista: os custos com aprimoramento profissional e atualizações devem ser considerados na precificação;
- concorrência: se não tiver outro profissional na região, você pode cobrar o valor máximo que seu público-alvo está disposto a pagar. Caso haja concorrência, é provável que vocês pratiquem valores parecidos;
- materiais utilizados no atendimento: se você investe tanto em materiais de qualidade quanto em diferenciais vantajosos (como programas para nutricionistas), deve incluir esse valor no preço da consulta.
Como precificar a consulta nutricional?
Você acabou de ver que precisa se atentar para várias questões antes de chegar a um preço adequado. Agora, chegou o momento de aprender a precificar a sua consulta. Acompanhe as nossas dicas:
1. Verifique quais são os seus custos
Para obter um retorno financeiro por meio do seu trabalho é preciso que o seu consultório de nutrição lucre. Para isso, o valor das consultas deve ser o suficiente para cobrir as despesas do local e ainda sobrar.
Sendo assim, o primeiro passo para precificar sua consulta é checar quais são seus custos mensais com aluguel, limpeza, funcionários, contas de água, luz e internet, entre outros.
2. Avalie a estrutura e a localização do seu consultório
Estabelecimentos que contam com uma equipe mais qualificada e com equipamentos modernos geralmente cobram preços mais altos. O mesmo acontece com escritórios localizados em regiões de fácil acesso e em meio a outros empreendimentos e com opções de transporte público e estacionamento.
Isso porque, com todas as facilidades próximas ao seu consultório, o valor do aluguel do imóvel e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) certamente será mais elevado, o que também influencia na precificação do seu serviço.
3. Considere as condições financeiras do seu público
Conhecer o cliente é fundamental para realizar a precificação do seu serviço. Você deve saber o que ele procura, quais são as suas expectativas, quais os principais problemas que o afligem e o quanto ele pode pagar pelo seu serviço.
Se o seu público-alvo tiver menor poder aquisitivo, você pode ofertar um serviço mais barato, economizando em gastos com assinaturas de revistas e outras comodidades. Já se esse público for de classe alta, precisará oferecer serviços personalizados, cobrando então mais caro pelo atendimento.
4. Consulte a tabela da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN)
A tabela da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN) determina os valores mínimos a serem cobrados para os serviços do profissional da nutrição, servindo como uma boa fonte de referência. A entidade segue as recomendações do próprio Conselho Federal e dos sindicatos que atuam em cada estado.
Neste artigo, você aprendeu como precificar a consulta de forma adequada, considerando vários aspectos fundamentais. Viu só como não é nenhum bicho de sete cabeças? Colocando em prática as dicas listadas, temos certeza de que o seu cálculo será justo tanto para você quanto para os clientes.
E então, gostou do conteúdo de hoje? Para entender ainda mais sobre o tema, não deixe de ler nosso post sobre como cobrar pelo atendimento nutricional!