Segundo o Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional, de cada 100 mulheres grávidas, mais de 5 e até 12 delas desenvolveram o Diabetes Mellitus Gestacional.
Caracterizado pela elevação da glicose durante a gestação, devido uma resistência à ação da insulina o que resulta em uma intolerância aos carboidratos.
Geralmente, esta condição desaparece após o parto, porém, mães que tiverem o DMG tem um risco maior de desenvolver o DM tipo 2.
GRUPO DE RISCO:
- – Idade superior a 25 anos;
- – Baixa estatura (<1,50m);
- – História familiar de DM (parente de 1°grau);
- – Obesidade, sobrepeso ou acúmulo de gordura abdominal;
- – Ganho de peso excessivo na gestação atual;
- – Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
- – DMG anterior;
- – Ovário policístico;
- – Aborto ou macrossomia fetal em gestações anteriores;
SINTOMAS:
- – Polidispsia;
- – Poliúria,
- – Apetite demasiado;
- – Fadiga intensa;
- – Alteração exagerada de peso;
DIAGNÓSTICO:
- – Ainda existe controvérsia sobre o melhor método de diagnóstico do DMG;
- – A Sociedade Brasileira de Diabetes, segue os critérios da Associação Americana de Diabetes, e utiliza a glicemia em jejum e o exame de tolerância à glicose (TOTG) para tal fim:
- – Valor de glicemia em jejum igual ou menor que 92 mg/dl => exclui o diagnóstico de diabetes (deve se repetir após a 24ª semana);
- – Valor de glicemia em jejum superior a 92 mg/dl e inferior a 126 mg/dl => é dado o diagnóstico de diabetes gestacional, porém deve ser confirmado em uma 2ª dosagem;
- – TOTG => é realizado entre a 24-28ª semana de gestação => são administrados 75g de glicose pela gestante => imediatamente após a ingestão inicia-se a medição da curva glicêmica => o valor de normalidade da glicemia em 0 horas após a administração da glicose é de 92 mg/dl, após 1 hora é de 180 mg/dl e após as 2 horas é de 153 mg/dl => já se considera diabetes gestacional quando UM valor dá igual ou superior ao de referência.
TRATAMENTO:
- – O tratamento inicial do DMG tem como base uma alimentação saudável, a prática de atividade física e o uso de antidiabéticos orais;
- – A insulinoterapia é utilizada quando as medidas iniciais sozinhas NÃO conseguem manter as glicemias nas metas desejáveis.
METAS:
- . Glicemia em jejum => menor ou igual a 95 mg/dl;
- . Glicemia 1 hora após refeição => menor que 140 mg/dl;
- . Glicemia 2 horas após refeição => menor ou igual 120 mg/dl;
RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL:
- – VCT: Segundo as DRIs e o tempo de gestação
- – CHO: 40% a 45%
- – PTN: 15% a 20%
- – GOR: 30% a 40%
- – Fibras: mínimo 20g/dia
ORIENTAÇÕES:
- – Fracionar o plano em, no mínimo, 6 refeições ao dia: 3 principais e 3 lanches intermediários;
- – Evitar intervalos em jejum superiores a 4 horas, pois nesse período inicia-se a produção de corpos cetônicos pela gestante;
- – Levar em consideração a quantidade de carboidratos por refeição, estabelecendo metas e suas substituições. Avalie seu reflexo na glicemia pós-prandial;
- – Se em uso de insulina rápida, faça o método de contagem de carboidratos;
- – Produtos diet e light podem ser utilizados, mas não de forma exclusiva;
- – Adoçantes dietéticos artificiais como aspartame, ciclamato, acessulfame-K e sacarina são permitidos. Porém, prefira os naturais: stévia e sucralose;
- – O ganho de peso deve ser ponderal e planejado, de 300g a 400g por semana.
Camila Cialdini Faria
Educadora em Diabetes &
Nutricionista Clínica
CRN9: 18528
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