O ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado de cadeia longa composto por EPA (eicosapentanoenoico) e DHA (docosahexaenoico), presentes nos peixes ricos em gordura e no óleo de peixe, e apresentam importantes ações nos mecanismos de carcinogênese e na melhora da eficiência das drogas quimioterápicas e do tratamento de radioterapia.
Na carcinogênese, o ômega 3 se mostrou suprir a biossíntese de eicosanoides derivados do ácido aracdônico, resultando em alteração da resposta imunológica às células tumorais e modulação da inflamação. Além disso, foram verificados também impacto na proliferação celular, na apoptose, na atividade do fator de transcrição nuclear e alteração no metabolismo do estrogênios, sendo todos esses mecanismos a nível de metabolismo, crescimento e diferenciação celular.
Quando usado no paciente em tratamento quimioterápico, o ômega 3 apresentou impacto positivo na imunidade, no que tange à manutenção em número e função dos neutrófilos, além da redução da anemia, da trombocitopenia, redução da perda de massa muscular e diminuição de alguns dos efeitos adversos da quimioterapia como fadiga, inapetência, náusea e vômitos, impactando positivamente na manutenção do peso do paciente. Já na radioterapia, ainda existem poucos estudos, mas a indicação da suplementação é pela melhora da resposta inflamatória, com consequente melhora à exposição da radiação.
Outro efeito importante do ômega 3 é na caquexia, uma síndrome multifatorial com anormalidades metabólicas e perda contínua de massa muscular, muito comum em pacientes com câncer, e que torna difícil sua reversão com a terapia nutricional convencional. Nos pacientes suplementados, houve melhora da qualidade de vida, ganho de peso e recuperação da massa muscular, pois estudos sugerem que o ômega 3 atua na inibição do PIF (fator indutor de proteólise), um peptídeo responsável pela degradação acentuada de proteínas.
Os estudos então demonstram efeitos positivos da suplementação de ômega 3 nos pacientes oncológicos e em tratamento quimioterápico e radioterápico, sendo que o recomendado em termos de dosagens é que não se ultrapasse 5g por dia da somatória de EPA e DHA, devendo apenas ser evitados em casos de câncer de cabeça e pescoço.
Angelica Rouffiac (pós-graduanda em nutrição clínica e fitoterapia)
CRN3 42.854
Facebook: Nutricionista Angelica Rouffiac
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