fbpx

Fibras: o que isso tem a ver com saúde e com o intestino?

Hoje muito se ouve falar das fibras, mas o que são elas? São derivados dos vegetais, resistentes à ação das enzimas digestivas do organismo, classificadas em dois tipos: Fibras solúveis e insolúveis.

O primeiro grupo forma soluções viscosas capazes de reter certas substâncias, diminuindo a absorção de carboidratos e gorduras. Além de melhorar a maciez das fezes, ajudando na sua eliminação. Alguns tipos de fibras solúveis são pectina: encontrada na maçã, casca de frutas cítricas, morango; as gomas: presentes na aveia, leguminosas secas e as hemiceluloses, estão no psyllium (Plantago ovata). Já as fibras insolúveis, como não são totalmente fermentadas, contribuem para aumento do peristaltismo (movimentos intestinais) e do volume das fezes. A celulose, presente nos farelos integrais, feijões, maçã, raízes, verduras folhosas; a hemicelulose tipo B, que podemos encontrar nos farelos integrais, cereais integrais, soja e a lignina (está nos vegetais maduros, linhaça, trigo) são exemplos de fibras insolúveis. Porém, para garantir que o intestino funcione bem, não adianta só comer bastante desses alimentos, também é necessário ter uma ingestão adequada de água!

Além de auxiliarem na digestão, as fibras estão relacionadas com uma melhora no perfil lipídico, ou seja, promovem a diminuição dos níveis de triglicérides e de absorção de colesterol pelo corpo. Como consequência disso, alimentos ricos em fibras podem auxiliar na redução da obesidade e do risco de desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis como a Hipertensão e Diabetes tipo 2.

Cabe ressaltar que nenhum alimento sozinho tem o “poder” de realizar mudanças em nosso organismo, é importante ter uma alimentação o mais equilibrada possível. Procure um profissional habilitado para te ajudar nesse processo!

 

Elena Curatella

Nutricionista I CRN 52698

11 98551-6958 I elenacnutri@gmail.com I Instagram: @elenacnutri I www.elenacnutri.com

Referências:

Thies, M et al. Oats and CVD risk markers: a systematic literature review. Br J Nutr. 2014 Oct;112 Suppl 2:S19-30. doi: 10.1017/S0007114514002281.

Clemens R, van Klinken BJ. Oats, more than just a whole grain: an introduction. Br J Nutr. 2014 Oct;112 Suppl 2:S1-3.

WEBER, F et al. Caracterização química de cariopses de aveia (Avena sativa, L.) da cultivar UPF 18. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 22, n. 1, p. 39-44, 2002.

Silva, M et al. Efeito das fibras dos farelos de trigo e aveia sobre o perfil lipídico no sangue de ratos (Rattus norvegicus) wistar. Ciênc. agrotec., Dez 2003, vol.27, no.6, p.1321-1329.

 

*O texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete a opinião da empresa. O blog é aberto caso outro(a) profissional queira escrever um contraponto.

Deixe uma resposta