Ultimamente, os carboidratos provenientes dos alimentos ganharam destaques nas mídias sociais, por serem associados como fatores que atrapalham o emagrecimento. Mas sabemos que o tipo de carboidrato e o controle do índice glicêmico das refeições podem auxiliar no processo de emagrecimento, trazendo benefícios em indivíduos obesos com diabetes ou resistência à insulina.
Mas você sabe a diferença entre índice glicêmico e carga glicêmica? O índice glicêmico (IG) é uma medida in vivo que relaciona o impacto da ingestão de alimentos que contém carboidratos com as concentrações de glicose plasmática logo após esta ingestão, comparando com o consumo de um alimento controle, como a glicose ou o pão branco. Sendo assim, os alimentos com carboidratos que possuem uma lenta taxa de digestão e absorção produzem uma menor elevação da glicemia pós-prandial e esses são classificados como alimentos de baixo índice glicêmico, enquanto os alimentos que são rapidamente absorvidos e digeridos provocam um maior aumento da glicemia e possuem então alto índice glicêmico.
Classificação | IG dos alimentos (%) |
Baixo | ≤ 55 |
Médio | ≤ 56 – 69 |
Alto | ≥ 70 |
Diversos fatores, tanto intrínsecos como extrínsecos podem interferir no IG de um alimento, como: o tipo de amido (estrutura), a gelatinização do amido, acidez do alimento, presença de fibras, forma física dos alimentos (suco versus fruta inteira) e também o seu processamento (Mandioca versus goma de tapioca). Além disso, a quantidade e qualidade dos carboidratos irão influenciar na resposta glicêmica
O conceito de carga glicêmica (CG) foi introduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard, para quantificar o efeito glicêmico global de uma porção de alimento. Assim, a carga glicêmica de uma porção de alimento é o produto da quantidade de carboidrato disponível e o IG do alimento. Este conceito de CG envolve tanto a quantidade quanto a qualidade do carboidrato consumido, sendo assim fornece uma noção mais real do efeito glicêmico de diferentes porções alimentares.
Sendo assim, ao estruturar o plano alimentar do pacientes é importante ir além das calorias e distribuição dos macronutrientes, pois se atentar a carga glicêmica e índice glicêmico dos alimentos podem ajudar o paciente que busca emagrecimento e controle da glicemia.
Vivian de Melo Soares dos Santos, PhD.
Doutora em Biociências
Nutricionista CRN 10100829
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