No nosso mundo tão competitivo, estressante e cheio de inúmeras comparações, as pessoas (na grande maioria, mulheres) sofrem com a baixa auto-estima e auto-aceitação de si mesmas. E uma das causas disso, além da imposição abusiva de padrões estereotipados da mídia, é a falta de amor próprio.
Em primeiro lugar, quero salientar que se aceitar não é sinônimo de desleixo como muitos pensam. Hoje há uma falsa interpretação desta “auto-aceitação” e, mulheres acima do peso ideal (de acordo com sua estrutura) acabam por se acomodar e deixam de se cuidar alegando se aceitarem como são. Mas a auto-aceitação verdadeira vai além disso. Ela está na essência e, uma vez trazida à tona, transforma sua auto-estima, trazendo um novo brilho para si.
Se amar e se aceitar é se vestir com o que se sente bem, mas com elegância. É ter uma boa postura, fazer exercícios físicos não porque lhe é imposto, mas porque lhe dá prazer. É ir à praia e se sentir bem, mesmo com uns quilos a mais, mas ter bom-senso em escolher seus trajes de banho, sentindo-se elegante e à vontade com ele. É gostar do que vê no espelho dia a dia; é ter espaço para você mesmo durante pelo menos, uma parte do dia.
Se aceitar é ser mais amoroso com a sua alimentação também. É comer sem culpa aquele doce que adora, mas saber a hora certa para comê-lo (e a hora certa de parar quando o corpo der sinais de saciedade). É respeitar seu corpo, ouvir sua fome real e diferenciá-la daquela que vêm de emoções do dia a dia. (Se gostar é aprender a lidar com essas emoções, e se não conseguir sozinho, buscar ajuda de um profissional). Se cuidar é comer mais alimentos que vêm da terra, mais comida de verdade. É tomar bastante água e estar bem-hidratado. É agradecer pelo alimento do dia, é comer pra satisfazer as necessidades fisiológicas do organismo. É apreciar cada alimento que é ingerido, na companhia das pessoas que você mais ama (e isso inclui você mesmo). É entender que exageros de qualquer espécie, fazem mal, mas que de vez em quando como numa festa ou em uma ocasião especial, você pode cometer algum deslize e está tudo bem! No dia seguinte é só voltar à alimentação habitual. Seu corpo saberá lidar com a situação.
Precisamos olhar mais para dentro de nós mesmo, sentir com o coração. Precisamos tratar-nos com carinho. Precisamos de mais apreciação dos momentos; de estarmos mais presentes de corpo e mente nas tarefas do dia. Precisamos de menos regras alimentares, de menos alimentos proibidos e permitidos, menos rótulos e críticas e mais capacidade de escolhas. Somos livres e temos o direito de escolhermos o que nos faz bem, mas devemos ter consciência das nossas preferências.
De um jeito mais amoroso, a gente aprende a levar a vida mais leve, diminuindo as frustrações e a culpa em torno de uma nutrição rigorosa que há muito se fez e que – felizmente – muita gente está desconstruindo esse conceito. Comida é necessidade, mas também é arte, prazer, convívio social, cultura. É usar dos sentidos em uma refeição, nas texturas, cores, cheiros, sabores. É fazer uma conexão com você mesmo e as pazes com a comida, e assim, comer nem muito e nem pouco, mas o suficiente. É estar de bem consigo mesmo!
Sonhe muito, sorria mais. Cuide-se com carinho. Você é responsável 100% pela sua felicidade!
• Anelise Minghelli
• Nutricionista clínica e esportiva – CRN 6022
• Caxias do Sul – RS
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