A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética resultante da trissomia do cromossomo 21, não tem cura e é determinada por características físicas específicas e atraso no desenvolvimento. Para essa síndrome, não existe prevalência sobre classe, raça ou gênero. No entanto, sabe-se que o avanço da idade materna é um fator que influência, dessa forma, uma gravidez a partir dos 35 anos aumenta os riscos.
Sabemos que crianças com SD têm maior tendência a obesidade, dessa forma, devemos levar em consideração os fatores que promovem o aumento do consumo calórico, como a hipotonia dos músculos envolvidos na digestão, que dificulta a sensação de saciedade após uma refeição, bem como dificulta os movimentos peristálticos intestinais, favorecendo à constipação intestinal; a diminuição da taxa metabólica basal; sedentarismo; problemas de tireoide e problemas na produção de hormônios do crescimento.
Contudo, é importante ressaltar a existência de crenças por parte da família, pois, os pais acabam superprotegendo e recompensando os filhos por estes exigirem um cuidado mais especial, com isso, se acostumam com a alimentação rica em açúcar, alimentos com alto teor de açúcar, carboidratos simples… e assim, os gratificando com alimentos industrializados. Dessa forma, a influência emocional inconscientemente dada pelos pais acaba implicando no ato de comer.
Como mencionado anteriormente, as crianças com SD apresentam flacidez na musculatura, dessa forma, o primeiro alimento deve ser o aleitamento materno exclusivo não só pelos inúmeros benefícios já comprovados, como para o maior fortalecimento e desenvolvimento da musculatura da boca através da sucção, o que minimizará qualquer problema mastigatório que a criança possa apresentar futuramente pelo aumento da consistência dos alimentos.
Por essas situações, é muito importante desmitificar mitos e crenças e conscientizar os pais sobre a importância da alimentação saudável, bem como dar maior autonomia no momento da alimentação. Portanto, para que uma abordagem nutricional seja afetiva, é interessante ofertar um cardápio colorido e chamativo para o público em questão, trabalhar com técnicas alusivas e assim, equilibrar as necessidades nutricionais de acordo com as carências, sinais e sintomas apresentados.
Nome: Ana Cândida de Souza Barroso
CRN7: 8029