O conceito de beleza tem se modificado nas últimas décadas. A virilidade masculina e a idealização feminina tem sido excessivamente valorizadas e, consequentemente, desviadas para o culto ao corpo perfeito. Devido às essas novas tendências, uma nova patologia tem ascendido, a Vigorexia. Esta se caracteriza por um transtorno da imagem corporal com distorção da auto-representação e foco exagerado em exercícios físicos. A finalidade da atividade física é o aumento e a definição da massa muscular. Os homens jovens são os principais afetados mas as mulheres também podem acometidas.
Os pacientes referem ser mais magros do que se apresentam na realidade ou pouco definidos. Os homens querem ficar mais fortes e as mulheres torneadas. Não é incomum que esses pacientes cheguem ao consultório solicitando fórmulas e dietas “milagrosas” para “bombar” na academia. Devemos estar muito atentos para identificar esse perfil de risco.
Infelizmente o uso de artificios inapropriados é uma realidade e são muito variados. São eles: esteróides anabolizantes, hormônio do crescimento (hGH), suplementos diatéticos, dietas monótonas, overtraining e alimentos ergogênicos excessivos.
A aceitação da doença é difícil pela incompreensão dos pacientes. Eles não admitem que seus hábitos alimentares não são saudáveis e que o volume de exercício estão acima da capacidade de recuperação. O receio de perda de massa muscular é uma constante.
A vigorexia é uma doença que se traveste de vitalidade a qual, aos olhos dos desatenciosos, aparenta-se por vigor e hábitos alimentares saudáveis ligados aos exercícios físicos. Cabem aos nutrólogos e aos nutricionistas estarem atentos para identificar, orientar, não fomentar este mal e tratar de forma ampla esta enfermidade.
Bruno Concerva
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