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Como criar um guia alimentar para seus pacientes

A informação é a melhor forma de prover uma alimentação saudável, rica em elementos nutritivos indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. Criar um guia alimentar para seus pacientes é a melhor forma de garantir o perfeito cumprimento das metas, mas ele deve ser produzido tomando alguns cuidados. O guia deve ser elaborado após todo um processo envolvendo o diagnóstico da situação nutricional, dados que fundamentem o plano alimentar, as metas nutricionais, os objetivos do plano e ainda um banco de dados sobre a composição dos alimentos escolhidos para a sua composição.

Por outro lado, é indispensável que o guia alimentar seja elaborado tendo como base apenas pesquisas atualizadas. O Ministério da Saúde, por exemplo, lançou em 2014 o Guia Alimentar Para a População Brasileira após deliberações sociedades científicas, universidades e com a própria população, incentivando o consumo harmonioso, variado e saudável dos alimentos, seguindo a premissa de que “a alimentação é muito mais do que o consumo de nutrientes”. Dessa forma, o Guia aborda, entre outras situações, o risco da substituição de produtos in natura por industrializados prontos para o consumo, ricos em sódio e calorias.

O Guia é uma boa opção para ser usado como base para a criação do guia alimentar produzido especialmente para o seu paciente. Veja outras dicas.

Tenha uma visão global da dieta

Para cada caso uma dieta específica, por isso você deve se perguntar, primeiramente, qual o real objetivo: perder peso, baixar taxas, reposição proteica, etc? Ela deverá ser combinada com algum medicamento, com exercícios físicos, deverá suprir deficiência causada por algum remédio de uso contínuo ou temporário?

Converse com o seu paciente

Lembre-se que o guia alimentar deve levar em conta também os hábitos e as preferências alimentares do seu paciente. É preciso suprir as necessidades alimentares, mas também prover prazer na alimentação para que a dieta possa ser seguida da forma mais fácil possível. Converse com seu paciente para descobrir como ele habitualmente se alimenta, o que terá que ser modificado e o que é possível manter.

Personalize o máximo possível

Adapte o guia alimentar às condições de cada indivíduo, em relação à idade, ao sexo, à pratica de exercícios ou ao sedentarismo – não apenas em relação ao problema que o está levando à dieta, caso haja alguma patologia. Produza um guia que seja também flexível, dando opções em relação à escolha dos alimentos, oferecendo alternativas nutricionais que tenham sabor variado.

Atenção para a forma gráfica escolhida

Facilite o uso do guia representando-o de forma gráfica. Dessa forma a escolha das refeições é facilitada, incentivando o seu uso. Há várias formas de apresentação que podem ser utilizadas, como a pirâmide, a roda, carrinho de supermercado, pilhas, utensílios etc.

Roda de Alimentos

A roda de alimentos, por exemplo, foi a primeira representação gráfica a ser criada, em 1977. Distribuídos em três grupos – construtores, reguladores e energéticos – a ideia era indicar o consumo de um alimento de cada grupo por refeição, o suficiente para ter uma alimentação saudável. O interessante dessa forma de representação é que a disposição dos alimentos na roda induz ao consumo de gorduras isoladas, uma vez que nem sempre um alimento pode ser substituído por outro do mesmo grupo.

Pirâmide Americana

Em 1992, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos criou a pirâmide alimentar – em substituição à roda alimentar – como forma de manter a saúde e reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis A ideia era evitar o excesso de calorias, gorduras saturada e total, sódio, colesterol, álcool e açúcares adicionados e reforçar o consumo de proteínas, fibras alimentares, sais minerais e vitaminas. A divisão em cinco grupos mostra que nenhum era mais importante do que o outro, primando pela moderação, variedade e proporcionalidade. Quando maior a porção ocupada pelo grupo, maior a quantidade de alimentos que devem ser ingeridos diariamente. O modelo foi criado tendo como base pesquisas sobre a correlação positiva entre a incidência de doenças coronarianas e o consumo de alimentos ricos em gorduras.

Procure fazer um guia alimentar que não só supra as necessidades nutricionais do seu paciente, mas que proporcione o máximo de conforto e prazer nas refeições.

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