As abordagens de nutricionistas podem ter diferentes estratégias, e a estruturação delas muitas vezes requer mais tempo do que o profissional dispõe. A rotina de consultório é corrida e um bom profissional deve zelar e se dedicar para que os pacientes sempre sigam no caminho certo a fim de conquistar seus objetivos. Sabendo disso, a seguir você poderá conhecer um passo a passo para montar um plano alimentar personalizado para seu paciente, de forma eficiente e simples. Acompanhe!
O que é o plano alimentar?
O plano alimentar nada mais é do que um planejamento da estrutura alimentar do seu paciente. Pode ser qualitativo, demonstrando as melhores distribuições dos grupos alimentares ao longo do dia, ou quantitativo, descrevendo a quantidade ideal para cada porção de alimentos escolhida.
O plano alimentar pode ser diário, contendo diversas opções alimentares para cada refeição, além de listas de substituições de alimentos para que o paciente determine suas variações, ou ainda semanal e mensal, dependendo dos objetivos em saúde e, claro, da adaptação e adesão de cada indivíduo.
Normalmente, o plano alimentar conta com todas as refeições acordadas com o paciente (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia, pré e pós-treino, entre outras), e também sugere os melhores horários para que tais refeições sejam realizadas.
O plano alimentar pode ser elaborado no word partindo de modelo pré-estabelecido pelo nutricionista, o que facilitará a individualização do planejamento. Mas também existe o plano alimentar online, a partir de softwares de nutrição, que ajudam o nutricionista com os cálculos de nutrientes e também com a diagramação do mesmo. No entanto, lembre-se sempre de entregar o plano alimentar em pdf, para que alterações não sejam realizadas sem a sua orientação.
Esta é uma das ferramentas possíveis que um nutricionista pode oferecer para o seu paciente, o auxiliando com a organização, disciplina e seguimento com as suas escolhas alimentares diárias.
Como se faz um plano alimentar?
- Objetivos
Para estruturar um plano alimentar, é imprescindível que o profissional questione o paciente sobre o seu objetivo no tratamento. A busca do acompanhamento pode ter diferentes causas e é a partir delas que o nutricionista vai começar a conhecer cada paciente.
Tratamento para obesidade, definição corporal, hipertrofia ou distúrbios alimentares são as principais causas para a orientação de reeducação alimentar, mas ainda é possível se deparar com propostas de planos alimentares para retardar ou tratar doenças crônicas e seus sintomas, como doenças cardíacas, diabetes e muito mais. Por isso, a capacitação deve ser provada a partir dessa versatilidade.
- Rotina
A possibilidade de ter sucesso com um plano alimentar inadequado à rotina do paciente é mínima. Por isso, vale a pena montar os horários das refeições de acordo com as atividades diárias da pessoa. Durante a consulta, tente perguntar se ela estuda, trabalha ou se tem fácil acesso à alimentação saudável ou não. Essas são perguntas importantes que podem determinar o tipo de refeição acessível ao perfil de cada um.
Nesse sentido, preparar as refeições requer um planejamento. Então, busque compreender as circunstâncias que facilitarão a alimentação, permitindo que as porções sejam preparadas diária ou semanalmente, e consumidas nos horários recomendados. Isso proporciona uma nutrição equilibrada e contínua.
- Nutrientes
Eles são os responsáveis pela busca da alimentação como apoio para prevenção e tratamento de doenças. Como um bom profissional, é importante propor um plano alimentar equilibrado e com alimentos de diferentes grupos alimentares.
É comum alguma escolha ir contra o paladar, então é importante escutar os pacientes com atenção para identificar seus gostos e ajustar os alimentos corretos e completos, visando boa receptividade perante as propostas feitas durante as consultas.
- Registros
Deve-se admitir que, com os inúmeros pacientes, memorizar todos os planos alimentares, objetivos e demais informações é uma tarefa um tanto quanto difícil. Para garantir acesso rápido e simples, tente planejar fichas bastante objetivas e que sintetizam todas as informações necessárias para as futuras consultas.
Para contribuir com os registros de pacientes, esses encontros podem ser norteados com o auxílio de um software de nutrição, em que são arquivadas fichas individuais para cada pessoa. Nesse espaço, o profissional pode inserir informações pertinentes a fim de otimizar o tempo e a qualidade das consultas.
Os registros são a melhor forma de aperfeiçoar o tempo de suas consultas e demonstrar para seus pacientes que tudo o que foi dito ou feito anteriormente está documentado.
- Individualidade
As orientações para recomendar alimentação saudável são muito semelhantes, mas é importante reconhecer que os metabolismos e estilos de vida são únicos e determinantes para a conquista dos resultados nos tratamentos.
Portanto, busque sempre atender a todas as necessidades de cada paciente. O nutricionista deve utilizar as diretrizes descritas acima para beneficiar o seu dia a dia de trabalho e facilitar a preparação do melhor plano alimentar, tornando os resultados sempre possíveis diante das metas determinadas.
- Avaliações nutricionais
Para obter resultados verdadeiramente eficientes, é necessário que o nutricionista verifique a situação nutricional do seu paciente. Para isso, faça uma avaliação sobre a ingestão de nutrientes antes de começar a montar o seu plano alimentar.
Nesse caso, investigue a história alimentar do indivíduo: saiba como ele se alimenta em seu cotidiano; quais os alimentos que mais consome; as doenças familiares hereditárias; se já tentou algum tipo de tratamento para emagrecimento ou ganho de peso; se utiliza algum tipo de medicamento; se apresenta possíveis alergias ou intolerâncias, como ao glúten ou à lactose. Todos esses questionamentos são de extrema relevância para evitar qualquer tipo de reação adversa que possa impactar no tratamento adequado do seu paciente.
- Contexto familiar
É muito importante levar em conta o contexto familiar do paciente para reconhecer possíveis problemas que talvez afetem o plano alimentar do indivíduo.
Contudo, nem só a genética da família contribui para o estado de saúde da pessoa. O costume de comer certos tipos de alimentos ou até mesmo os conflitos pessoais podem desencadear distúrbios alimentares ou atrapalhar o sucesso do plano alimentar proposto.
Por isso, verifique com seu paciente os hábitos alimentares da família e como é a sua relação com eles. Nesse caso, a pessoa precisará que todos que morem junto consigo cooperem com o seu novo estilo de vida e alimentação.
Proponha que seu cliente exponha seu objetivo para toda a família e peça a compreensão de todos — quem sabe os familiares também se sintam motivados e possam aderir a um estilo de vida mais saudável? Os conflitos devem ser bem administrados e, se necessário, o seu paciente deve buscar o auxílio de outros profissionais que tratam diretamente desses assuntos.
- Calorias
Para uma pessoa perder peso ela deve gastar mais energia do que consome, certo? Porém, essa energia não deve ser mensurada apenas na contagem das calorias. O que deve ser levado em conta é também a qualidade dos alimentos ingeridos.
Desta forma, um bom plano alimentar para emagrecer precisa ser baseado na ingestão de alimentos ricos em nutrientes e que promovam saciedade por mais tempo no organismo da pessoa. Por isso, incluir grãos e frutas oleaginosas, como as castanhas e o abacate, é de suma importância. Eles podem até ter um índice calórico alto, entretanto, oferecem nutrientes importantíssimos como o selênio e o potássio, além de deixarem o organismo saciado por um período considerável.
Um outro exemplo que acontece muito com pessoas que estão em tratamento é a troca do refrigerante comum e de sucos por bebidas que têm zero calorias. O refrigerante zero é menos calórico, porém, não oferece nenhum tipo de benefício para o corpo humano. Assim, é mais vantajoso a pessoa ingerir o suco natural de frutas do que o refrigerante zero. É bom que fique bem claro para seu paciente que essas trocas devem ser saudáveis. Por isso, não é recomendável que a pessoa conte as calorias e, sim, substitua alguns alimentos por opções mais nutritivas.
O que orientar em um plano alimentar?
Nem só das refeições propostas vive um plano alimentar. Essa ferramenta também é fundamental para trazer dicas preciosas aos seus pacientes, sendo assim, não deixe de orientar sobre:
- Consumo de água para uma correta hidratação diária;
- Suplementação alimentar, caso o paciente necessite dessa abordagem;
- Planejamento e organização das compras: fornecendo informações sobre a sazonalidade dos vegetais, sobre a melhor forma de escolher as frutas, verduras e legumes, sobre os melhores locais para as compras e também sobre a forma mais prática de preparar e congelar marmitas saudáveis;
- As diferenças entre alimentos in natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados, além de orientar quanto a rotulagem nutricional.
Como montar um plano alimentar semanal?
Muitos pacientes apresentam demandas específicas ao chegar no consultório, entre elas, a mais comum é a dificuldade em variar a alimentação diária. É nesse ponto que a expertise e a criatividade do nutricionista fazem toda a diferença. Para esses pacientes, o ideal é elaborar um plano alimentar semanal, com propostas para todas as refeições nos sete dias da semana.
Para isso, é fundamental conhecer a rotina e as preferências alimentares de cada paciente, além, é claro, de se atentar aos seus objetivos em saúde e composição corporal.
Ao montar um cardápio semanal, identifique cada dia da semana (segunda, terça, quarta-feira…) e ofereça opções viáveis e factíveis para todas as refeições de cada dia – do café da manhã até a ceia, ou conforme acordado com o paciente.
Como manter um plano alimentar?
Para muitos pode parecer difícil só pensar em seguir uma dieta, e por isso é importante escolher um profissional que respeite suas preferências alimentares. Para que você siga um planejamento sem sofrimento, é necessário que a sua alimentação não seja tão restritiva (a ponto de ficar muito tempo sem comer o que gosta), nem monótona. Por isso converse com o profissional e alinhe suas expectativas demonstrando o que você espera dele, para que ele lhe ajude a encaixar uma rotina alimentar que seja condizente com seus gostos e vontades.
Também é importante trabalhar a sua motivação, por isso é bacana focar no seu objetivo e, se necessário, conversar com pessoas próximas para que elas lhe ajudem a alcançá-lo, respeitando suas escolhas.
O imediatismo também pode surgir nesse cenário, e por isso é válido estabelecer pequenas metas para sejam atingidas antes do macro, assim, fica mais fácil comemorar as pequenas conquistas e chegar no resultado final! Alguns nutricionistas também disponibilizam aplicativos para seus pacientes para que a comunicação fique mais próxima, isso pode ajudar a manter a motivação sempre lá em cima – afinal, terá um profissional te acompanhando de pertinho, seja para tirar dúvidas ou te orientar a melhorar.
Como montar um plano alimentar para emagrecimento?
Um dos principais objetivos que levam os pacientes a procurar um nutricionista é a redução de peso. Para que essa meta seja alcançada, uma das ferramentas possíveis é o plano alimentar para emagrecimento.
Para elaborar esse tipo de plano alimentar é necessário, antes de tudo, observar e avaliar a rotina alimentar atual do paciente, além dos seus dados antropométricos. Com o recordatório alimentar e os valores da taxa metabólica basal e do gasto energético total do indivíduo, será possível traçar um plano alimentar hipocalórico, o qual conduzirá o mesmo a uma perda ponderal responsável e assertiva.

O que considerar num plano alimentar para emagrecimento?
Em qualquer modelo de reeducação alimentar é imprescindível que haja adesão do paciente. Para isso, pensando no emagrecimento, deve-se levar em consideração o déficit calórico, mas também as preferências do paciente em questão. Respeitar horários em que ele sente mais fome, o que gosta de comer e saber como adaptar para a nova rotina é essencial. Também é preciso pensar na saciedade, oferecendo opções ricas em fibras e gorduras boas.
Como começar a fazer uma reeducação alimentar?
Fazer uma reeducação alimentar, como o nome já diz, é de fato reeducar a sua alimentação. O que isso quer dizer? Que para transformar a sua rotina não é necessário fazer dietas restritivas ou com exclusão de determinados tipos de alimentos, mas sim, incluir novos, fazendo trocas saudáveis e aprendendo aos poucos a gostar dos mesmos.
Uma dieta pode ser bem diferente de uma reeducação alimentar, por exemplo. Podemos utilizar modelos de dietas com mais proteínas, ou, baixas em carboidratos, por exemplo, quando temos casos específicos de pacientes com alguma patologia ou com objetivos bem definidos. Caso contrário, se a ideia é apenas se alimentar melhor e incluir opções mais saudáveis no dia a dia, vale apostar na reeducação alimentar. Você inclusive pode começar de maneira simples: incluindo mais cereais integrais, frutas, legumes e vegetais. A regra de excluir menos e incluir mais sempre é válida!
Plano alimentar personalizado ou plano alimentar semanal
Se você está buscando mudanças na sua rotina alimentar, não deixe de procurar um profissional para lhe ajudar: o nutricionista. É ele quem irá te ouvir, saber suas preferências, dificuldades, objetivos, e lhe ajudará a traçar a melhor estratégia para alcançar seus resultados.
Não tente copiar a dieta ou orientações de outra pessoa, e nada de plano alimentar pronto, ok? Pois o que funciona para ele, pode não funcionar para você, por isso é essencial ter o acompanhamento personalizado e um plano alimentar orientado por nutricionista. Se você não tiver um profissional em mente, também podemos te ajudar! Acesse nosso site e encontre o nutri perfeito na nossa busca por nutricionistas.
Veja como é simples montar os planos alimentares usando o Dietbox:
A missão de montar um bom plano alimentar é muito simples quando sabemos exatamente quais estratégias adotar. Então, não deixe de considerar todas as nossas dicas para entregar propostas alimentares cada vez melhores e mais eficientes para o tratamento de seus pacientes!
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