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As 9 dobras cutâneas mais utilizadas por nutricionistas e como medi-las

Importante não só para nutricionistas, mas também educadores físicos, conhecer as dobras cutâneas é a melhor forma de assegurar uma avaliação completa e detalhada sobre a composição corporal. Fazer uma avaliação física é necessário para identificar e acompanhar um paciente, entendendo qual o melhor tratamento e estratégias a serem adotadas para cada caso.  

Neste texto, você vai conhecer as dobras cutâneas mais utilizadas por nutricionistas e terá mais segurança para acompanhar o ganho ou perda de medidas de seus pacientes. Vem ler! 

O que são as dobras cutâneas? 

As dobras cutâneas são regiões com pontos antropométricos utilizados para identificar medidas e percentuais em avaliações físicas de discriminação corporal. Os valores podem ser obtidos com o auxílio de instrumentos como o adipômetro, e a medição é feita em milímetros. 

O recomendado é medir até três vezes, preferencialmente uma vez de cada lado do corpo, assim, havendo diferença entre as medidas, a terceira é utilizada para determinar um valor médio. 

O objetivo das avaliações físicas é estimar o nível de gordura corporal por meio da espessura da pele aferida. O procedimento pode ser feito em três a nove locais anatômicos por todo o corpo. 

Qual o objetivo do teste de dobras cutâneas? 

O desempenho das dobras cutâneas junto com outros parâmetros como o IMC ou a circunferência da cintura ajuda a conhecer o nível de gordura corporal do paciente. Com esses resultados, pode-se monitorar a evolução do paciente ao longo do acompanhamento nutricional. 

Como medir as dobras cutâneas? 

Para aferir as dobras cutâneas, é necessária a utilização de alguns instrumentos que garantem a confiabilidade na identificação das medidas. O adipômetro é o principal, e também pode ser chamado de compasso de dobras cutâneas, espessímetro, paquímetro, plicômetro, ou até mesmo cáliper. 

Os adipômetros podem se diferenciar por fabricantes e pressões constantes. Os modelos mais adquiridos exercem pressão constante de 10 g/mm², e sua escala de medida pode variar de 0 até 60 mm. Essas informações devem ser analisadas antes da aquisição, pois escolher um instrumento que exerça muita pressão pode proporcionar desconforto aos avaliados. 

Você pode optar por um entre os modelos de diferentes materiais e custos, mas a avaliação antropométrica também pode ser feita com uma fita métrica. 

No Canal do Dietbox no Youtube, o nutricionista do Esporte e professor Giuseppe Stefani mostra algumas formas de avaliação antropométrica para que o nutri consiga escolher a melhor abordagem. 

Utilizando o adipômetro para dobras cutâneas: aparelho e como usar 

Se você ainda não tem segurança ou experiência para medir dobras cutâneas com aparelho, veja as orientações para manipular e identificar os resultados: 

  1. Os ponteiros indicadores, tanto do “PA” e “PB” (relógio maior e relógio menor, respectivamente), devem estar sobre o valor zero; 
  1. Deve-se analisar o deslocamento do “PA”, que seguirá no sentido horário, enquanto o “PB” irá em sentido contrário. Ambos em medida crescente; 
  1. Enquanto a divisão na escala de graduação “A” corresponde a 0,10 mm, na “B” corresponde à volta completa, logo, 10 mm. 

Passo a passo 

  1. O primeiro passo é identificar o local a ser aferido; 
  1. Em seguida, deve-se utilizar o dedo indicador e o polegar, simulando e identificando a região-alvo; 
  1. Já utilizando o instrumento, “pince” a dobra, exatamente na região determinada; 
  1. É válido ressaltar que as hastes do adipômetro devem ser mantidas de forma perpendicular à pele; 
  1. As medidas são identificadas rapidamente em milímetros. 

Quais são as principais dobras cutâneas? 

Depois de escolher o equipamento ao qual você mais se adapta, é importante saber como medir as dobras cutâneas. Geralmente, quando falamos de dobras cutâneas, são 7 dobras citadas, mas existem ainda mais que esse número. Confira as principais: 

Axilar média: A medição é feita de forma oblíqua ao eixo longitudinal, com o braço do avaliado direcionado para trás. A aferição deve ser feita em ponto médio entre a altura do apêndice xifóide do esterno e a linha axilar média. 

Abdominal: Pode ser medida a distância aproximada de 2 cm à direita do umbigo, de forma paralela ao eixo longitudinal. 

Bicipital: Está localizada na linha média anterior do braço e superior ao músculo principal do bíceps. Deve ser medida em ponto médio a 1 cm acima do músculo. A medição deve ser feita no mesmo nível da dobra cutânea tricipial. 

Coxa: É aferida de forma paralela ao eixo longitudinal. É recomendado pedir para o paciente deslocar levemente o membro inferior à frente, mantendo o peso sobre a perna oposta. 

Suprailíaca: Feita em direção oblíqua, a aferição de dobras cutâneas supra ilíaca é a medida na lateral abdominal, em ponto a 1 cm sobre a crista ilíaca anterior superior, sobre o quadril e em posição diagonal. 

Tricipital: Pode ser medida na parte posterior dos braços, de forma paralela ao eixo longitudinal, em um ponto médio entre o olecrano e a borda súpero-lateral do acrômio. Peça para que o seu paciente deixe o braço relaxado para obter o resultado mais preciso possível. 

Subescapular: Está localizada de 1 a 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. O ideal é pedir que o avaliado levante o braço, deixando assim a escápula mais evidente para medição. 

Torácica: Pode ser encontrada em ponto médio entre a linha axilar anterior e mamilo, no caso de homens, enquanto mulheres devem ser medidas a ⅓ da linha axilar anterior. 

Panturrilha Medial: O avaliado deve estar sentado e com o joelho articulado, formando um ângulo de 90°. O seu tornozelo deve ser mantido em posição anatômica e com o pé sem qualquer apoio. A aferição é feita no local de maior perímetro da perna. 

Dobras cutâneas: tabela 

Mas como saber o valor para uma dobra cutânea abdominal ideal ou ainda para as dobras cutâneas axilar média? Existe uma tabela de dobras cutâneas com valores que indicam desde desnutrição grave até obesidade. Vale a pena conferir e estudar o material.  

Qual a medida ideal das dobras cutâneas? 

Cada dobra é medida de uma maneira e possui valores diferentes. Por isso, para relacionar dobras cutâneas e valores ideais é preciso fazer um cálculo. 

Embora seja possível determinar a massa gorda dos seus pacientes usando uma balança de composição corporal, também é possível deduzir esse valor usando as medições de certas dobras cutâneas a partir de fórmulas preditivas ou fórmula para dobras cutâneas: 

Fórmula de Evans (2005) 

Equação indicada para estimar a porcentagem de gordura corporal de atletas. Depende do gênero, da origem e das dobras cutâneas abdominal, tricipital e da coxa. 

Fórmula de Slaughter (1988) 

Esta equação determina diretamente a porcentagem de gordura corporal de crianças e adolescentes (de 7 a 18 anos). Depende do nível de maturidade, da origem e das dobras cutâneas tricipital e subescapular. 

Fórmula de Peterson et al. (2003) (modelo de 4 compartimentos): 

Determina a porcentagem de gordura corporal em adultos (de 18 a 55 anos). Depende do peso atual, da idade, da altura e das dobras cutâneas tricipital, subescapular, suprailíaca e da coxa. 

Como a tecnologia pode ajudar? 

Os recursos tecnológicos são mais que bem-vindos para facilitar o dia a dia de um nutricionista, mas também devemos admitir que os métodos tradicionais são mais seguros e precisos. O uso de softwares e balanças de bioimpedância está cada vez mais comum para otimizar o tempo de consultas e reduzir a sobrecarga de tarefas dos profissionais. 

Vale destacar que as informações das avaliações podem ser registradas em softwares para nutricionistas, dessa forma, pode-se ter fácil acesso ao banco de dados com a comparação de medidas e perfil individual de cada paciente nas consultas seguintes. Para se mostrar um nutricionista completo, saber manusear um adipômetro e aferir dobras cutâneas podem ser diferenciais para despertar a confiança dos pacientes. 

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