Todo estudante de Nutrição mais cedo ou mais tarde vai acabar tendo contato com a tabela TACO, a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. Criada em 2004, a tabela reúne a informação nutricional dos alimentos mais consumidos no Brasil. Estes alimentos são mapeados e estratificados através de análises físico-químicas, e isto permite termos valores de macro e micronutrientes presentes na sua composição. Além de auxiliar diversos profissionais de saúde a traçarem conhecimentos sobre educação nutricional, a tabela também é base para elaboração de políticas públicas.
Quem utiliza a tabela TACO?
Nutricionistas, médicos nutrólogos e até mesmo varejistas de produtos alimentícios podem utilizar as informações contidas na tabela TACO. Ela é amplamente utilizada para o cálculo de Tabelas Nutricionais de produtos comercializados, e por isso é uma importante fonte de informações. Já os nutricionistas e nutrólogos irão utilizar estas informações no campo da dietoterapia, para restabelecer a saúde de seus pacientes.
Quais alimentos estão presentes?
Na quarta edição da tabela TACO já constam 597 itens, o que confirma que ela vem sendo amplamente melhorada e atualizada. Dentro de todos os alimentos que podemos encontrar, temos: cereais, frutas, verduras, hortaliças, leguminosas, tubérculos, nozes e sementes, gorduras e óleos, frutos do mar, carnes, leite, ovos, bebidas, produtos açucarados (geleias e doces), miscelâneas (café, gelatina), alimentos industrializados e alimentos já preparados, como feijoada, estrogonofe, etc.
Um ponto bacana a se destacar é que, por ser uma tabela de utilidade nacional, foram pensadas em todas as regiões do Brasil. Isso significa que podemos encontrar alimentos e preparações de diversas regiões, demonstrando toda a variedade alimentar brasileira, respeitando cada cultura.
Como a tabela TACO auxilia no cálculo nutricional?
A tabela é um pilar completo para quem deseja fazer cálculos nutricionais. Ela é extremamente completa e traz as seguintes informações: umidade, energia, proteína, lipídeos, colesterol, carboidratos, fibra alimentar, cinzas, minerais, vitaminas, ácidos graxos (saturados, monoinsaturados, poliinsaturados e trans), aminoácidos, carotenoides e teor alcoólico.
Dessa forma, há muitas informações disponíveis para que diversos profissionais consigam utilizar em seu meio de trabalho, especialmente os nutricionistas.
Vale lembrar que a tabela TACO é disponibilizada para toda população que queira ter esse conhecimento, e ela pode ser encontrada para download no site da Unicamp.
Quais outras tabelas que também podem ser utilizadas?
A tabela TACO é bastante conhecida e amplamente utilizada, mas existem muitas outras que também são utilizadas na prática clínica de muitos profissionais e em pesquisas. Muitas vezes estes materiais são utilizados em conjunto, como forma de complementar um ao outro. Alguns exemplo de tabelas:
- TBCA: tabela elaborada pela USP, já em sua quinta versão. É bastante completa e também traz alimentos brasileiros, respeitando as diversas regiões do país.
- USDA: foi desenvolvida pelo departamento de agricultura dos Estados Unidos. Por ser de outra nacionalidade, alguns alimentos tipicamente brasileiros não são encontrados. Ainda assim, é uma ótima tabela, completa e atualizada, o que permite termos conhecimento de outros alimentos e unidades de medida caso seja necessário.
- Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para Decisão Nutricional – Sonia Tucunduva: disponível em versão de livro. Traz diversos alimentos brasileiros.
- Tabela para Avaliação do Consumo Alimentar em Medidas Caseiras: também é disponibilizado em formato de livro, e pode ser bastante útil para a prática clínica pois traz a informação da porção em medidas caseiras, facilitando a prescrição dos alimentos.
- Site do IBGE: o site do IBGE também traz a sua própria tabela de composição de alimentos, sendo esta muito utilizada em pesquisas.
E a boa notícia é que os cálculos de dieta podem ficar ainda mais fáceis e práticos usando ferramentas, como um software de Nutrição. No Dietbox, você tem acesso à tabela TACO, IBGE, Tucunduva e uma lista personalizada de alimentos para fazer os planos alimentares de forma automática.
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