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Alergias alimentares: o papel do nutricionista

A incidência de alergias alimentares (AA), vem sofrendo um aumento na população, principalmente em crianças; mas assim como elas aumentaram, o conhecimento sobre as alergias, o tratamento e a forma de melhorar a qualidade de vida de pessoas alérgicas também está aumentando. O Nutricionista tem um papel importante na prevenção de deficiências nutricionais decorrentes da retirada do alergênico da dieta, na orientação do paciente – ou responsável – sobre cuidados de consumo (a correta leitura dos rótulos, por exemplo) e no auxílio para o diagnóstico correto quando o trabalho ocorre de forma multidisciplinar. Para um atendimento de qualidade, o profissional deve se manter bem informado sobre as diversas questões da área. Vejamos algumas:

O que é uma alergia alimentar?

Alergias alimentares são definidas como uma resposta do sistema imunológico à ingestão de determinadas proteínas alimentares. Avaliando essas proteínas como ameaças, o sistema imunológico produz anticorpos para destrui-las, e é essa resposta imunológica a causadora dos sintomas presente no quadro alérgico. As alergias alimentares afetam de 3 a 4% da população adulta, mas são as crianças que apresentam os índices mais altos: 6 a 8% das crianças com menos de 3 anos de idade sofrem de alergias alimentares.

É importante lembrar que alergia alimentar não é a mesma coisa que intolerância alimentar. Enquanto na alergia temos uma reação imunológica do organismo, a intolerância está relacionada à dificuldade do organismo em digerir ou quebrar moléculas de determinado alimento em função da ausência de enzimas específicas.

Quais os fatores de risco?

As alergias alimentares têm causas multifatoriais e complexas. Segundo pesquisas, o profissional deve estar atento tanto a uma vulnerabilidade genética quanto a fatores ambientais. Os fatores ambientais referem-se, por exemplo, à exposição da criança ao alérgeno durante o período gestacional e na lactação e à inserção de alimentação complementar antes dos seis meses de vida.

Como é feito o diagnóstico?

Nem sempre o diagnóstico realizado com base no histórico familiar é certeiro. Portanto, uma das maneiras de fazer o diagnóstico é banir certo grupo de alimentos e verificar se os sintomas do paciente diminuem. Durante o diagnóstico é importante definir em quanto tempo a alergia se manifesta, ou seja, quanto tempo leva da ingestão do alimento até o aparecimento dos sintomas bem como verificar quais são os riscos que o paciente está correndo.

Quais os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com o tipo da alergia, mas entre os mais comuns estão náuseas, vômito, diarreia, asma, eczema, urticária e angioedema.

Qual o papel do nutricionista?

Quando o nutricionista recebe um paciente com diagnóstico de alergia alimentar ele terá o importante papel de criar uma dieta que se adapte à vida do paciente, o que pode ser bastante desafiador, especialmente quando o alergênico está presente na maior parte da alimentação do paciente. Além disso, é necessário balancear a alimentação para evitar deficiências nutricionais decorrentes da falta da ingestão dos alimentos que possuem o alergênico. O nutricionista também poderá indicar novas receitas, facilitando a construção de um novo cardápio para a família.

No caso de crianças, o nutricionista é responsável por treinar os pais a encontrar alimentos que seus filhos possam consumir. Muitas vezes os rótulos dos alimentos não são claros e as informações sobre os alergênicos não aparecem. É importante lembrar que em julho deste ano entrará em vigor uma resolução da ANVISA (RDC n. 26/2015) que trará mais segurança ao consumidor. A resolução dispõe sobre os requisitos para rotulagem dos principais alimentos que causam alergias alimentares. As embalagens deverão conter as seguintes instruções, conforme o caso: “Alérgicos: contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”, “Alérgicos: contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)” ou “Alérgicos: contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados”.

Deve-se orientar os pais também a procurar informações sobre a preparação de alimentos nos restaurantes que frequentarem.

É possível levar uma vida saudável e livre de sustos causados pelas alergias. Quanto mais informações o Nutricionista tiver, mas competente ele será para manter o estado nutricional do seu paciente e para ajudá-lo a manter uma alimentação segura.

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