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Recomendações dietéticas para o praticante de CrossFit

O CrossFit é uma modalidade em intensa expansão. Nos três últimos anos, os “boxes” aumentaram de 300 para mais de mil espalhados por todo o Brasil. E esse número ainda tem chances de aumentar. Por ser uma mistura de modalidades de endurance, força e explosão, o CrossFit exige uma aptidão física substancial do atleta. E, pelo mesmo motivo, a alimentação deve ser um importante pilar em sua rotina.

Uma conduta popularmente conhecida nesse mundo é a dieta da zona ou dieta 30, 40, 30. Tal nome é devido a sua distribuição de macronutrientes: 30% do total energético de gorduras e proteínas e 40% de carboidratos. Teoricamente é uma boa estratégia, visto que fornece uma proporção satisfatória de todos os macronutrientes. No entanto, é importante adequar, principalmente, os carboidratos e proteínas conforme a massa corporal. Burke e colaboradores (2009) previram um montante de 3 a 5 gramas de carboidratos por quilo de peso para praticantes da modalidade, mas Escobar et al. (2016) sugeriram que a ingestão de 6 a 8 g/kg/dia de carboidratos poderia melhorar a performance, sem alterar o quociente respiratório (QR). Em relação às proteínas, a recomendação do American College of Sports Medicine (ACSM) é de 1,2 a 2,0 g/kg/dia, podendo atingir até 2,3 g/kg/dia em atletas engajados em um programa de perda de peso, para poupar o máximo possível de massa muscular. Os lipídeos devem contribuir com, pelo menos, 15% do valor energético total da dieta e, devem ser priorizadas gorduras ricas em ômegas 3, 6 e 9, como o azeite, abacate, peixes, linhaça e castanhas. Os micronutrientes também devem receber atenção, mas especialmente, o ferro, o cálcio, a vitamina D e os antioxidantes devem ser ajustados em quantidades mínimas necessárias no planejamento.

É importante salientar que o treinamento periódico é o principal potencializador da performance esportiva. No entanto, uma alimentação adequada, equilibrada e, principalmente, individualizada é tão importante quanto o treinamento para o alcance da performance máxima do atleta. Dessa forma, procure sempre deixar claro ao paciente a importância do seu trabalho na vida dele.

 

Autora: Mariana Contino

Nutricionista, mestre em Saúde Coletiva e pós-graduanda em Nutrição Esportiva

CRN 4/15101023

Instagram: maricontinonutri

Facebook: nutrimarianacontino

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