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Saiba por que você deve ouvir (de verdade) o que o seu paciente tem a dizer

Muitas vezes entramos em uma rotina de trabalho que é quase como se criássemos uma fórmula para o atendimento diário – e acabamos tratando todos, ou pelo menos a maioria dos pacientes, como se fossem simplesmente iguais. Esquecemos ou não temos tempo “naquele dia” para um atendimento mais humanizado, focado nas necessidades reais de quem está à nossa frente, e enquanto atendemos, pensamos na fila de espera do consultório, no filho que tem que ser pego na escola, naquela conta que está vencendo. Não deixamos de ser competentes, claro que não, mas perdemos o principal: ouvir os pacientes no que eles têm a dizer, de verdade. O nutricionista pode não ser um psicólogo, mas sabe que grande parte do sucesso do seu trabalho está, sim, na relação psicológica com eles, na empatia.

Ouvir a alma para nutrir o corpo

Mas nem sempre saber da importância dessa escuta, significa colocá-la em prática, não de forma consciente. Se nutrir o corpo é nutrir a alma, como cuidar do organismo sem ouvir o que a mente e o coração têm a dizer? A integração entre Nutrição e Psicologia está cada vez mais presente e um grande número de profissionais vêm obtendo excelentes resultados, como redução do número de desistência dos tratamentos, aumento dos casos de sucesso e até mesmo acréscimo da quantidade de pacientes. Sim, são modificações pequenas, mas que propiciam grandes resultados.

Mas como fazer isso? Será que isso é, realmente, um problema? Sim, e tanto maior quanto menor for a sua identificação. Atender de forma automática é muitas vezes a saída encontrada pelo inconsciente para dar conta de tantas tarefas, por vezes tão diferentes entre si, em um dia atribulado. Além disso, o próprio desenvolvimento tecnológico na Saúde criou uma tendência a delegar emoções e sentimentos para um segundo, às vezes terceiro planos.

É preciso humanizar o conhecimento científico

No entanto, quanto mais especializado o conhecimento, mais a humanização é necessária para trazer o paciente para si, sem desvalorizar o conhecimento científico, mas criando uma ponte, um elo de ligação entre ambos que gere diferenciais no atendimento. Por isso, é preciso conhecer as singularidades de cada paciente, seus valores, suas crenças, suas expectativas e frustrações para criar um vínculo e chegar ao âmago da questão, onde reside o motivo real de seu distúrbio nutricional.

Ouvir, por si só, já é uma forma de ajudar quem está à sua frente buscando ajuda. A união da compreensão do problema ao seu conhecimento profissional pode gerar resultados assertivos que farão uma grande diferença no tratamento e em sua carreira.

Através do holismo vem a verdadeira raiz do problema

A visão holística hoje é mais do que uma tendência, é uma realidade que permite a compreensão de problemas sérios de alimentação, como anorexia, bulimia e casos de obesidade causados pela baixa autoestima, depressão e, principalmente entre adolescentes, distúrbios de imagem.

Comer de forma emocional é um risco para o corpo e para a mente e um desafio para o nutricionista, que deve ouvir, de verdade, o que o paciente tem a dizer para trabalhar o problema em todas as suas frentes. Culpa, ansiedade, gula, alimentação errada, na hora errada e sem fome – ou a fome em excesso – pode ter vários motivos emocionais que você só poderá compreender se os ouvir.

Ao mudar e melhorar sua relação com os pacientes você estará aumentando suas chances de sucesso e agregando valor à sua carreira. A aproximação com o paciente e a humanização do atendimento é uma ação assertiva que traz vários benefícios a médio e a longo prazos. Nem sempre é fácil, é verdade, sairmos de nossos próprios problemas e desligar o automático para ingressar nos problemas alheios, mas para um nutricionista, essa prática é essencial.

Quer mais dicas sobre atendimento no seu consultório de Nutrição? Compartilhe conosco sua dúvida ou sugestão e em breve responderemos com outro post!

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