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4 principais transtornos alimentares, sintomas e tratamento 

Devido à vida agitada, à falta de tempo para o preparo mais cauteloso das refeições e à enorme oferta de comida pronta, a alimentação saudável tem sido um desafio para muitos. Isso tudo aliado à busca pelo corpo perfeito e pela diminuição de peso e medidas acaba resultando em vários transtornos alimentares. Mas como lidar com esse problema?  

Mas e o que são transtornos alimentares? Pessoas com essa condição usam a comida, seja em forma de restrição ou de exagero, para garantir o controle de algo em suas vidas. As consequências deste comportamento são graves e têm forte impacto na saúde física e emocional de uma pessoa. 

Quais são os tipos de transtornos alimentares? 

Existem alguns tipos de transtornos mais conhecidos e outros nem tanto. Os mais comuns, mas que afetam uma quantidade grande de pessoas são: 

  1. Anorexia nervosa: caracterizada pela restrição alimentar extrema, o medo intenso de ganhar peso e distorção da imagem corporal. Pessoas com anorexia nervosa tendem a apresentar um peso corporal abaixo do normal, podendo causar danos físicos e psicológicos graves. 
  2. Bulimia nervosa: são episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e exercício físico excessivo. Pessoas com bulimia nervosa tendem a manter um peso corporal normal ou próximo do normal. 
  3. Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP): caracterizado por episódios recorrentes de compulsão alimentar, sem comportamentos compensatórios. Quem sofre com TCAP tende a apresentar sobrepeso ou obesidade. 
  4. Transtorno da alimentação noturna (TAN): são episódios de ingestão de alimentos durante a noite, após o horário de dormir, seguidos de falta de apetite pela manhã. Pessoas com TAN tendem a apresentar um descontrole alimentar durante a noite e uma ingestão reduzida de alimentos durante o dia. 

Além desses transtornos alimentares mais conhecidos, existem outros distúrbios alimentares, como o transtorno restrição da ingestão alimentar, o transtorno ortoréxico e o transtorno da ruminação. É importante lembrar que os transtornos alimentares são doenças graves e requerem tratamento multidisciplinar, que envolve profissionais de saúde especializados em nutrição, psicologia e psiquiatria. 

Transtornos alimentares: sintomas e indicativos  

É papel também dos nutricionistas agir antes que o problema se instale. Identificar pacientes que possam estar apresentando sintomas de transtornos alimentares é importante. Uma pessoa passando por um quadro como esse, geralmente apresenta comportamentos em que o transtorno alimentar e ansiedade caminham juntos, como: 

  • Contar obsessivamente as calorias de tudo o que come 
  • Só fazer e falar de dieta e de alimentos baixos em gordura o tempo todo 
  • Se achar gordo quando de fato está magro 
  • Tomar laxantes sem prescrição médica 
  • Se pesar constantemente 
  • Praticar exercícios físicos em demasia 

É claro que somente um profissional pode diagnosticar um transtorno. Mas se você conhece alguém que age de acordo com esses sintomas, você pode ajudar indicando um médico ou avisando um familiar da pessoa para que o caso seja investigado e a pessoa possa receber a ajuda necessária.  

Quais são as causas dos transtornos alimentares? 

Os transtornos alimentares têm causas multifatoriais, que envolvem fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Abaixo estão algumas das principais causas associadas aos transtornos alimentares: 

  • Pressão sociocultural: A pressão exercida pela sociedade e pelos padrões de beleza da mídia pode contribuir para a insatisfação corporal e a adoção de comportamentos alimentares anormais. 
  • Traumas e estresse: Histórias de traumas, estresse e experiências negativas podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares. 
  • Fatores biológicos: Alguns estudos sugerem que fatores genéticos e neurobiológicos podem estar associados ao desenvolvimento dos transtornos alimentares. 
  • Histórico de dietas restritivas: Restrições alimentares excessivas e dietas restritivas podem aumentar o risco. 
  • Problemas psicológicos e emocionais: Problemas psicológicos e emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, compulsividade e perfeccionismo, podem estar relacionados ao desenvolvimento dos transtornos. 
  • Influência familiar: As dinâmicas familiares disfuncionais, as expectativas familiares e os modelos parentais de alimentação podem influenciar diretamente na pessoa que sofre com algum transtorno alimentar. 

É importante lembrar que os transtornos alimentares não são causados por um único fator, mas sim por uma combinação de vários fatores. O tratamento deve levar em conta todos os sintomas e ser feito por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde especializados.  

E o que fazer quando um atleta apresenta sintomas? 

 Não são raros os casos de transtornos alimentares entre os atletas. Na busca por resultados cada vez mais ousados e pela perfeição, eles acabam desenvolvendo a doença.  

As maiores incidências estão entre os que praticam luta livre, corrida, ballet e ginástica, esportes que demandam corpos magros. Estes devem concentrar-se numa alimentação baseada em alimentos ricos em proteínas para os músculos, fluídos e eletrólitos adequados e vitaminas e eletrólitos para manter a performance e o equilíbrio nutricional. 

Prevenção começa na infância  

Nutricionistas devem ficar atentos e fornecer orientação aos pais e crianças sobre este assunto. É na infância que a alimentação saudável se torna fundamental para a prevenção de transtornos alimentares.  

É importante que os pais também aprendam a envolver as crianças no preparo dos alimentos, a optar por itens mais saudáveis, praticar exercícios físicos e a fugir do sedentarismo. Também é preciso preparar as crianças para comer quando sentirem fome e não por razões emocionais. 

Quais profissionais que ajudam no tratamento de transtornos alimentares 

Como dito anteriormente, o tratamento dos transtornos alimentares deve ser feito por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde especializados na área. Abaixo estão os profissionais que geralmente fazem parte da equipe de tratamento:  

  1. Nutricionista: o nutricionista é responsável por avaliar o estado nutricional do paciente e elaborar um plano alimentar adequado para suas necessidades. Além disso, o nutri está a disposição para ajudar o paciente a adquirir hábitos alimentares saudáveis e a manter um peso saudável. 
  2. Psicólogo: o psicólogo ajuda o paciente a lidar com as emoções e os pensamentos associados aos transtornos alimentares, podendo utilizar diversas abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental e terapia psicodinâmica. O objetivo é  ajudar o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais. 
  3. Psiquiatra: o psiquiatra pode prescrever medicamentos para tratar sintomas como ansiedade, depressão e compulsão alimentar, que frequentemente estão associados aos transtornos alimentares. 
  4. Terapeuta ocupacional: o terapeuta ocupacional ajuda o paciente a desenvolver habilidades práticas para lidar com a alimentação e o autocuidado, e pode trabalhar para melhorar a qualidade de vida do paciente. 
  5. Médico clínico geral: o médico clínico geral pode avaliar a saúde geral do paciente e identificar possíveis complicações médicas relacionadas aos transtornos alimentares como gastrites, por exemplo. 

Como a nutrição pode atuar sobre os transtornos alimentares 

Transtornos alimentares e nutrição caminham juntos. O nutricionista precisa agir rápido e prescrever um cardápio saudável e equilibrado, que funciona como remédio para quem quer se recuperar de um transtorno alimentar. Inicialmente, é preciso se certificar de que a pessoa já passou por um médico especialista qualificado.  

As dietas para esses casos devem recuperar a energia, restabelecer o equilíbrio químico, melhorando dessa forma, a clareza mental e o raciocínio. É importante que a equipe de tratamento trabalhe de forma integrada e coordenada para garantir que o paciente receba o melhor cuidado possível. 

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Você conhece outras práticas que previnem os transtornos alimentares? Conte pra gente!

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