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Ebook de receitas: aproveitamento integral dos alimentos

Quem tem o costume de cozinhar ou preparar refeições tem uma boa ideia da quantidade de comida que vai fora, mas quem trabalha com isso ou em algum estabelecimento tem uma noção bem maior – e isso falando apenas de comida boa! Essa quantidade aumenta exponencialmente quando se pensa nos resquícios de comida, derivados de partes que não comumente usamos dos ingredientes. Isso tudo gera uma escala de lixo enorme, fazendo com que o desperdício seja grande. E é para evitar essa situação que aplicamos o aproveitamento integral dos alimentos.

Mas como aproveitar os alimentos integralmente? Não há mistério por trás de como fazer isso e muito menos do porquê fazer isso. O desafio se encontra na aplicação desse aproveitamento no dia-a-dia e como administrar isso de forma que vire costume. 

Trazemos aqui informações e dicas para você se situar melhor dentro desse universo de reaproveitamento, além de receitas de aproveitamento integral dos alimentos e do nosso ebook de aproveitamento integral dos alimentos.

O que significa o aproveitamento integral dos alimentos?

O aproveitamento integral de alimentos nada mais é que uma proposta para diminuir a quantidade de resíduos derivada do simples não aproveitamento máximo dos alimentos. E isso não é simples pelo fato de ser fácil de atingir o total aproveitamento de alimentos, mas sim por ter se tornado um hábito tão natural a questão do descarte dessas partes que podem participar da nossa alimentação diária.

Essa proposta traz com ela um método de utilizar ao máximo o conteúdo de cada alimento, evitando que partes comestíveis e nutritivas sejam descartadas pelo não aproveitamento. Além disso, há também como reaproveitar os alimentos de algumas maneiras. Há, por exemplo, cascas de alimentos que podem ser reaproveitados como ingrediente de alguma receita e existe também o método de compostagem.

Existem preparos específicos que contam com ingredientes pouco utilizados, como a casca de banana. A compostagem, por sua vez, consiste em transformar partes dos alimentos que não podem ser consumidas e transformar em adubo orgânico. Sendo sustentável e econômico, esse método ajuda a completar o ciclo dos alimentos de forma integral, passando pelo plantio, cultivo, colheita, consumo e adubagem.

Quais alimentos podem ser reaproveitados integralmente?

Quando tratamos de reaproveitamento de alimentos, procuramos alternativas que ofereçam o máximo de uso para a maior parte do alimento possível para que se evite desperdício, mas isso não faz com que todos os alimentos possam ser tratados dessa forma. Apesar do foco desse movimento ser a utilização integral de alimentos como verduras, também é possível aproveitar os restos que costumamos descartar de alimentos como a carne, por exemplo.

A maioria das verduras podem ser consumidas em sua totalidade, desde as cascas até os talos, mas é necessário se atentar à higiene, principalmente nos casos da cenoura, batata, abobrinha, etc. E os pedacinhos que de repente não forem suficientes para montar uma refeição (ou que você não goste) podem sempre fazer parte da compostagem ou usada para o preparo do tradicional caldo de legumes. 

Quanto às carnes, há o clássico aproveitamento daqueles pedaços que sobraram do churrasco para fazer um carreteiro ou um entrevero, tudo para evitar que você acabe desperdiçando comida boa por não ter uma finalidade para ela. Além disso, todos os restos que você cortou para a preparação de cada peça podem ser reservados para o preparo de um delicioso caldo de carne, por exemplo. Há também quem reserve a gordura da carne bovina para fazer o tallow, muito utilizado nos churrascos estadunidenses.

Para que o aproveitamento integral contribui?

O aproveitamento integral dos alimentos contribui para o não desperdício, algo que chama a atenção no mundo todo.

Além da consciência econômica e sustentável, o aproveitamento integral dos alimentos facilita os processos e seleções para reciclagem, além de diminuir o volume de lixo orgânico (no qual o Brasil produz em larga quantidade). Para que você tenha uma noção melhor, já parou pra pensar que a cada 100 alimentos quantos são aproveitados? Estima-se que pouco mais de 60% dos alimentos colhidos chegam às mesas da população. O lixo urbano também possui esse percentual, sendo 60% dele de origem alimentar.

Afinal, qual a importância do aproveitamento integral dos alimentos? 

Não é nenhum mistério, já que de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, 1.3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente.

E isso não só causa grandes perdas econômicas, como também graves impactos nos recursos naturais, dos quais a humanidade depende para se alimentar.  Estimativas demonstravam que o montante de 1.3 milhões de toneladas de alimentos perdidos ou desperdiçados representava um custo irrecuperável da ordem 750 bilhões de dólares por ano. E é aí que entra o aproveitamento integral dos alimentos: como uma estratégia para diminuir este desperdício. 

Além disso, utilizar partes não convencionais dos alimentos como cascas, folhas e talos também pode trazer maior variedade de nutrientes e sabores na alimentação, te tirando da monotonia das refeições diárias e diminuindo custos. Essa prática é tão importante que foi discutida com a FAO e o governo brasileiro.

Dessa forma, foi criado o comitê técnico de perdas e desperdício de alimentos, destacado como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Faz parte do acordo de Paris, assim como também está presente no Plano da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos para a Segurança Alimentar e de Nutrição e Erradicação da Fome 2025. Podemos ver assim a dimensão que tem esse tema, todo esse processo está ligado ao consumo consciente promovendo maior sustentabilidade. 

Confira mais alguns dados sobre o tema:

  1. O desperdício de alimentos contribui para a emissão de gases de efeito estufa, sendo responsável por aproximadamente 8% das emissões anuais de gases de efeito estufa a nível mundial.
  2. No Brasil, estima-se que cerca de 30% dos alimentos produzidos são perdidos ou desperdiçados anualmente, o que equivale a aproximadamente 26 milhões de toneladas de alimentos.
  3. O valor monetário do desperdício de alimentos no Brasil é estimado em torno de R$ 218 bilhões por ano.
  4. O desperdício de alimentos no país ocorre em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a colheita, armazenamento, transporte, distribuição até o consumo final.
  5. Segundo o Instituto Akatu, a maior parte do desperdício de alimentos no Brasil ocorre nas residências, representando cerca de 55% do total desperdiçado.

Quais são os benefícios do aproveitamento integral dos alimentos? 

Aderir a esse hábito em seu dia-a-dia pode resultar em menos gastos com alimentação e maior variedade de preparação das refeições para sair da monotonia na cozinha, inclusive podendo garantir maior quantidade de nutrientes e de sabor. Além disso, está cooperando com o planeta e promovendo uma sustentabilidade maior. 

Quais são os alimentos que podem ser aproveitados integralmente? 

  • Banana

Partes comestíveis não convencionais: casca, fruto e coração da bananeira. 

As folhas podem ser utilizadas para envolver alguma preparação e cozinhá-la. 

  • Abóbora

Partes comestíveis não convencionais: casca, sementes e flores. 

  • Cenoura

Partes comestíveis não convencionais: casca e folhas.

Esses são alguns exemplos, mas existem muitas mais possibilidades. As PANC’s (Plantas Alimentícias Não Convencionais) são um bom exemplo da diversidade de alimentos que poderiam ser utilizados em nossa alimentação, mas por não serem parte de nosso hábito acabam não sendo aproveitados. Dentro desse grupo também entram partes de plantas que não costumam ser consumidas, como as folhas de cenoura e a casca da banana.

Que tal começar a inserir esse hábito na rotina para evitar o desperdício? 

Como fazer o aproveitamento integral dos alimentos? 

Antes de mais nada, é importante estabelecer no que consiste o aproveitamento integral dos alimentos: ele visa utilizar o máximo do alimento possível, evitando jogar fora aquilo que tem valor nutricional. Para começar a realizar esta prática o primeiro passo é verificar quais partes que você normalmente jogaria fora e utilizá-las em receitas.

O restante das frutas, verduras e hortaliças que não forem para preparações culinárias pode ser colocado em uma composteira para se tornarem adubo para plantas. Além disso, ter uma boa organização das preparações da semana evita o desperdício daqueles alimentos que ficam esquecidos na geladeira. Em nosso E-book sobre Aproveitamento Integral dos Alimentos você encontra diversas receitas deliciosas utilizando cascas, talos e folhas. Trago aqui um spoiler:

Receita de aproveitamento integral dos alimentos

  • Bolo de casca de abóbora com calda de chocolate 

INGREDIENTES:  

Massa:  

  •  1 e ½ xícaras de chá de farinha de trigo;
  •  2 xícaras de chá de açúcar;
  • ¾ xícara de chá de maisena;
  •  3 ovos;
  • 1 xícara de chá de óleo;
  • 2 xícaras de chá de casca de abóbora picada;
  • 1 colher de sopa de fermento em pó.

Cobertura:  

  • 4 colheres de sopa de leite;
  • 4 colheres de sopa de chocolate em pó ou cacau;
  • 4 colheres de sopa de açúcar. 

PREPARO:  

Massa:  

  1. Bata no liquidificador as cascas, ovos e óleo;
  2. À parte, peneire numa tigela a farinha, maisena, açúcar e fermento;
  3. Junte a mistura do liquidificador e misture bem;
  4. Unte uma assadeira média com manteiga e farinha, despeje a massa e leve para assar em forno médio.  

Cobertura:  

  1. Misture todos os ingredientes e leve ao fogo até ferver e reserve;
  2. Depois do bolo ter assado, espalhe a cobertura por cima e deixe esfriar.

Confira o E-book para muito mais! 

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