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Terapia nutricional: o que é e quais os benefícios?

No hospital, o nutricionista pode ter um cargo na alimentação coletiva, coordenando e organizando a distribuição da alimentação e compra de insumos, como também na UTI, onde põe atenção na individualidade do paciente, atuando dentro da nutrição clínica. O nutricionista é essencial nesse meio, pois promove o entendimento da interação fármaco nutriente, mostra a importância de um nutriente para a estabilidade do paciente, ajuda a diminuir o tempo de internação e mantém a segurança alimentar para não ter maiores riscos de nutrição. Assim como promover o prazer e conforto, com o sabor dos alimentos em momentos que o paciente está acordado e comunicativo, trazendo um acolhimento, tão importante, nesse momento tão difícil. Mas afinal, como este profissional consegue fazer tudo isso? É sobre isso que vamos falar nesse texto: terapia nutricional.

Para que você entenda melhor o que é a terapia nutricional, desenvolvemos esse conteúdo com informações essenciais sobre o tema. Interessado em saber mais sobre esse tópico? Então, continue com sua leitura até o fim!

O que é a terapia nutricional e como funciona?

Ela nada mais é que a união de métodos terapêuticos utilizados para manter ou recuperar o estado nutricional do paciente. Resumindo, a terapia nutricional tem capacidade de agir em pessoas com trauma, infecções, doenças em geral ou que acabaram de passar por um procedimento cirúrgico.

Seu principal objetivo é melhorar a situação nutricional do indivíduo e evitar sua a desnutrição. Ela mantém os níveis de proteína no plasma sanguíneo e alimenta o tecido corporal, de modo a impedir a deficiência dos macros e micronutrientes, além da desidratação.

A nutrição pode ser aplicada tanto por via oral ou por sonda, por meio do método denominado como Nutrição Enteral ou, até mesmo quando o paciente não consegue ingerir pelo trato digestivo, o suporte alimentar pode ser introduzido por meio de um cateter intravenoso, forma essa chamada de Nutrição Parenteral. Aqui descrevo um pouco de cada uma delas:

  • Terapia Nutricional Enteral

Suas vias de acesso são: nasogástrica, orogástrica, nasoentérica, oroentérica e ostomias.

Indicações:

Indicação Exemplo
Paciente inconsciente ou com queda do nível de consciência Trauma craniano, pacientes em ventilação mecânica
Disfagia neuromuscular Pós-acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, doença do neurônio motor
Anorexia secundária Câncer, sepse, doença hepática, HIV
Obstrução trato gastrointestinal superior Tumor constrictivo orofaríngeo ou esofágico
Má absorção ou disfunção do trato gastrointestinal Dismotilidade, doença inflamatória intestinal
Aumento da demanda nutricional Fibrose cística, queimaduras
Distúrbios psiquiátricos Depressão grave e anorexia nervosa
Tratamento específico Doença inflamatória intestinal, neoplasia de cabeça e pescoço
Saúde mental Quadros demenciais
  • Terapia Nutricional Parenteral

A via parenteral seria para casos que o sistema gastrointestinal esteja impossibilitado de ser utilizado, é importante lembrar que a sua não utilização pode promover hipotrofia intestinal, quebra da barreira imunológica e maior permeabilidade intestinal, sempre optamos pela via mais natural possível para ser utilizado.

Como escolher a melhor via?

A escolha da terapia nutricional mais adequada para cada paciente depende muito do seu estado de saúde e necessidades individuais.

Em geral, o profissional responsável pela prescrição deverá seguir criteriosamente alguns passos para, então, definir corretamente a melhor alternativa de terapia nutricional para o paciente.

São eles:

  • triagem nutricional;
  • análise nutricional do indivíduo desnutrido ou em risco nutricional;
  • determinação da necessidade nutricional;
  • indicação da Terapia Nutricional a ser introduzida;
  • monitoramento e acompanhamento;
  • avaliação da eficácia do procedimento por meio de indicadores de qualidade da Terapia Nutricional.

A primeira etapa é a triagem nutricional que identifica o risco nutricional, ela é aplicada de maneira rápida por uma equipe multidisciplinar ou auto aplicada pelo paciente, este método possibilita um diagnóstico e intervenção precoce e é realizada por instrumentos que variam de acordo com a política de cada hospital, porém para predizer o risco de desnutrição, pode ser utilizado um desses quatro indicadores: IMC ou circunferência do braço, aparência do déficit nutricional ou perda de peso involuntária, redução da ingestão alimentar e gravidade da doença ou estresse metabólico.

Já a avaliação nutricional busca de fato identificar e classificar o estado nutricional do indivíduo, ou seja, ela tem como objetivo o diagnóstico nutricional. Para isso, é utilizada a Avaliação Subjetiva Global, que avalia a alteração do peso, alteração da ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais, capacidade funcional, demanda metabólica e o exame físico. Vale rever o manual orientativo de sistematização do cuidado de nutrição.

Quais os benefícios da terapia nutricional?

Dentro do hospital, a nutrição é essencial. Como citado anteriormente, existem diversas situações em que a nutrição bem aplicada poderá trazer melhoras significativas

Garantir a qualidade da Terapia Nutricional é essencial para obter eficácia do procedimento que está sendo aplicado e, consequente, promover uma boa recuperação dos pacientes.

Ao estabelecer a Terapia Nutricional adequada, é possível conferir melhoras na pessoa que está recebendo o procedimento. Conheça alguns dos seus principais resultados.

  • melhora na taxa de glicemia;
  • aumento nas taxas de proteínas séricas;
  • impedimento da formação de edemas;
  • manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico do paciente, o que impede a sua desidratação;
  • recuperação das células sanguíneas;
  • aumento da imunidade;
  • facilitar o ganho de peso e massa muscular etc.

Todos esses benefícios são significativos para manter a saúde do paciente. A terapia nutricional é indicada principalmente para os casos de:

  • idoso frágil com disfagia,
  • pacientes com câncer;
  • pré e pós-operatório;
  • indivíduos com insuficiência renal;
  • pancreatite;
  • síndrome do intestino curto, entre outros.

A terapia nutricional, em suma, é recomendada para pessoas que sofrem por diversas enfermidades. Com ela, o sucesso da recuperação desses pacientes é muito mais rápido.

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