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Tratamento nutricional na obesidade

Ao falarmos em obesidade é necessário entender que ela se desenvolve por causas multifatoriais, ou seja, pode envolver fatores genéticos, ambientais, estilo de vida e aspectos emocionais. Caracterizada como uma doença crônica marcada pelo excesso de gordura corporal, ela acomete cada vez um número maior de brasileiros. Atualmente estima-se que existam cerca de 20 milhões de indivíduos obesos no nosso país, e, sabendo das características do estilo de vida atual, reconhecemos que seja um cenário difícil de se contornar.  Nesse contexto, saiba mais como o tratamento nutricional pode ajudar.

Diagnóstico para tratamento nutricional

Para que o paciente obeso receba o tratamento adequado, o primeiro passo é reconhecer o seu estado nutricional. É necessário avaliar se há um excesso de peso ou realmente obesidade, para a partir daí aprofundar o tratamento. 

O cálculo mais utilizado para avaliação da adiposidade corporal é o IMC (Índice de Massa Corporal), calculado pela divisão do peso em kg pela altura em metros elevada ao quadrado. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o IMC é classificado da seguinte maneira: 

  • 25 a 29,9kg/m² = sobrepeso 
  • 30 a 34,9kg/m² = obesidade grau I 
  • 35 a 39,9 kg/m² = obesidade grau II 
  • > 40kg/m² = obesidade grau III 

Etiologia: 

Como dito anteriormente, o estilo de vida atual contribui muito para que a obesidade seja uma doença que siga em curva ascendente. O aumento da ingestão calórica pelo fácil acesso à alimentos ultra processados de alta densidade energética, junto à diminuição da atividade física são dois fatores bem importantes que devem ser levados em consideração.  

Vale lembrar que o consumo destes alimentos de alta densidade energética gera um certo ciclo vicioso, pois são de alta palatabilidade, baixo poder de saciedade e de fácil digestão. Todas essas características tendem a aumentar a ingestão alimentar, favorecendo o desequilíbrio energético.  

Além disso algumas outras questões como a falta de tempo para poder realizar as refeições também tendem a favorecer o ganho de peso, pois interferem nos mecanismos de saciedade, sem contar que as escolhas normalmente guiam aos fast foods.  

Ainda deve-se considerar todos aspectos emocionais e psicológicos que desempenham influências sobre o ganho de peso, tais como depressão, ansiedade e  transtornos alimentares, como a compulsão alimentar. 

Tratamento nutricional: 

É de extrema importância ressaltar que o tratamento da obesidade atinge melhores resultados quando é aliado à uma mudança comportamental. Dessa forma é interessante que haja participação de uma equipe multidisciplinar, contando com o auxílio de nutricionistas, psicólogos, médicos e educadores físicos. 

Especificamente no tratamento dietético o grande foco é gerar um balanço energético negativo, buscando adaptações na dieta e no estilo de vida do paciente. Objetiva-se que haja uma redução de 500 a 1.000kcal para gerar uma perda de 0,5 a 1kg por semana. Porém, dietas restritivas, rígidas e com exclusão de grupos alimentares não são indicadas por serem insustentáveis a longo prazo, mas podem ser utilizadas como estratégias de curto prazo. O objetivo é reeducar o paciente considerando sua história alimentar, suas preferências e condição socioeconômica. A partir daí, também deve ser feito o incentivo à atividade física para promover maior gasto energético. 

 Por fim, o contato frequente com o nutricionista, o médico e os demais profissionais envolvidos na trajetória do paciente influenciam diretamente no sucesso do tratamento, afinal ele precisará de todo o amparo da equipe para manter-se motivado durante o processo e entender possíveis recaídas e frustrações. Além disso, o sucesso da perda de peso não se relaciona com a velocidade em que o indivíduo o perde, mas sim o quanto consegue mantê-lo, por isso a importância de manter o acompanhamento com os profissionais e entender o processo como uma verdadeira mudança de vida. 

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