fbpx

​​Hormônio do estresse: como o cortisol afeta seu organismo

Quando lidamos com emoções, principalmente quando elas estão à flor da pele, comumente falamos da influência dos hormônios nos sentimentos, muitas vezes confrontando a razão. Falamos de estrogênio, testosterona e serotonina quando relacionamos ações movidas a emoção, mas só o cortisol tem o posto de responsável pelos níveis de desconforto físico e mental, por isso ganhou o apelido de hormônio do estresse e até mesmo hormônio da tristeza.

Assim como todas as emoções, o estresse tem os seus impactos no organismo, ainda mais quando presente em desequilíbrio. Assim como tudo na vida, o hormônio cortisol tem seu nível ideal, sendo um alerta tanto quando está presente de menos quanto presente em excesso. 

Num ser humano saudável e dentro dos níveis corretos, o cortisol é responsável pela regulagem do humor, da pressão arterial e do nível de açúcar no sangue. Mas e quando ele passa da conta? A seguir, explicamos tudo sobre esse hormônio! 

Qual é o hormônio do estresse?

O hormônio do estresse é o cortisol. Ele é classificado dessa forma pois é exatamente o que ele causa no organismo, já que, na verdade, ele é um esteróide que serve para ativar ferramentas de sobrevivência do corpo – visando proteção e deixando seu organismo pronto para confronto, seja para fuga ou para luta. 

Como tem esse potencial de preparar o corpo, também é conhecido como hormônio do despertar.

O que o cortisol afeta?

O cortisol afeta diretamente a regulagem de níveis básicos e fundamentais para o bom funcionamento do organismo como um todo. Como ele é responsável por regular a pressão arterial, automaticamente fica responsável pelo fluxo sanguíneo. Em outras palavras, ele tem o controle de quanto de sangue vai para certas partes do corpo, sendo capaz de ativar instintos mais primitivos do nosso organismo justamente por causar o “estresse”.

O cortisol também é responsável por regular o nível de açúcar do sangue, o que impacta diretamente nos humor. Então, por mais que seja uma parte do sistema complexo que é o organismo humano, o cortisol tem um peso enorme no bem-estar e na funcionalidade do corpo geral.

Quais hormônios estão relacionados ao estresse e onde são produzidos?

Assim como o cortisol é fundamentalmente intrínseco ao estresse, o hormônio da adrenalina também tem papel protagonista quando relacionado aos níveis de desconforto aos quais um organismo é submetido. Um fato que facilita a memorização deste dado é o de que ambos são produzidos na mesma parte do corpo: nas glândulas suprarrenais (ou adrenais).

Localizados na parte anterior e superior de cada um dos rins, as glândulas suprarrenais são as responsáveis pela produção da adrenalina e, localizada no seu córtex (na parte interna), fica a produção do cortisol. Mais um motivo pelo qual pode ser chamado de hormônio do estresse alto. 

O que acontece quando o cortisol está alto?

O cortisol alto é um problema assim como o cortisol baixo também é. Apesar de ter essa fama de certa forma negativa, o cortisol é essencial para um bom funcionamento do sistema imunológico, além de ajudar a regular o metabolismo. Como o seu nível varia durante o dia, desde o momento em que você acorda até o momento em que você se deita para dormir, ele possui essa margem de mutação, mas não pode ficar abaixo nem acima desses níveis.

Quando o cortisol se encontra em níveis abaixo do ideal, isso pode gerar sintomas como por exemplo: pressão baixa, perda de peso, náusea, vômito, fraqueza, mal estar generalizado e até mesmo dores abdominais. Para tratar níveis baixos de cortisol aconselha-se ir num endocrinologista ou nutricionista para realizar exames e ter um encaminhamento profissional.

Já quando o cortisol está com níveis acima do ideal, ele pode acarretar em algumas sintomas, tais como: pressão alta, ganho de peso, fraqueza no corpo, espinhas e pêlos, alteração no ciclo menstrual e até facilidade em obter roxos e lesões corporais aparentes como hematomas.

Ainda tratando de excesso de cortisol, temos o exemplo do hipercortisolismo (ou Síndrome de Cushing), que é o que acontece quando um organismo fica exposto a níveis altos de cortisol por longos períodos de tempo, o que pode ser resultado do consumo de esteróides ou até mesmo por uma produção alta do hormônio pelas glândulas adrenais.

No entanto, há como diminuir o hormônio do estresse com a tomada de hábitos saudáveis no seu dia-a-dia, como por exemplo: rotina de exercícios, noites de sono bem dormidas, hidratação em dia, alimentação saudável, atividades estimulantes no tempo livre e separar um tempo para permitir que o organismo descanse, não sendo necessariamente durante o sono.

Também há tratamento médico para tal condição de saúde, caso você esteja se perguntando qual medicamento abaixa o cortisol, mas a indicação é sempre que esse tipo de consulta e acompanhamento sejam realizados mediante um profissional da área.

Hormônio do estresse x alimentação 

No contexto da alimentação, o cortisol pode ter um papel importante no controle do apetite e na escolha dos alimentos. Quando estamos estressados, os níveis de cortisol aumentam e podem afetar a maneira como nos sentimos em relação à comida. Algumas pessoas tendem a comer em excesso quando estão estressadas, enquanto outras perdem o apetite. 

Em geral, o cortisol parece estimular a ingestão de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, que são geralmente considerados alimentos “confortáveis” e podem fornecer uma sensação temporária de prazer e alívio do estresse.

Além disso, a alimentação também pode afetar os níveis de cortisol no organismo. Alguns alimentos, como aqueles ricos em açúcar refinado e carboidratos simples, podem levar a um aumento rápido e temporário nos níveis de açúcar no sangue, o que pode levar a um aumento nos níveis de cortisol. Por outro lado, alimentos ricos em proteínas e fibras podem ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis ​​e reduzir os níveis de cortisol.

É importante ressaltar que a relação entre cortisol e alimentação é complexa e depende de vários fatores, incluindo a quantidade e qualidade dos alimentos consumidos, bem como o nível de estresse e outros fatores de estilo de vida. 

Por isso, é importante adotar uma alimentação equilibrada e saudável, que leve em conta as necessidades individuais de cada pessoa, e também aprender a lidar com o estresse de maneira adequada para evitar impactos negativos na saúde.

Se você estiver suspeitando de que o seu cortisol está alterado, não deixe de procurar um nutricionista

Deixe uma resposta