Um artigo de revisão científica atual, que reuniu todas as publicações até maio de 2019 sobre o assunto, concluiu que diferentes intervenções da nutrição podem ser eficazes na enxaqueca e nos sintomas associados.
Sendo assim, a dieta de eliminação continua se mostrando eficiente em pacientes com sensibilidade alimentar na enxaqueca. Nesses casos, eliminam-se os alimentos que são considerados gatilhos para as crises, evitando assim dores de cabeça. Mas cada indivíduo tem diferentes gatilhos. Por isso, deve-se observar cautelosamente e retirar os alimentos que desencadeiam as crises.
Dietas pobres em carboidratos simples (como pães, macarrões e massas finas em geral) e açucares, assim como as dietas ricas em boas gorduras (como, por exemplo, azeite de oliva extravirgem, óleo de coco, manteiga, ovos, abacate) podem desempenhar um papel na neuroproteção, função mitocondrial e metabolismo energético, suprimindo a neuroinflamação.
Fatores associados à enxaqueca
Obesidade e sobrepeso estão associados ao aumento na frequência e nas crises de dor de cabeça ou enxaqueca. Isso se deve ao fato de o excesso de peso estar relacionado à inflamação crônica, inclusive no cérebro, então, devem-se aplicar estratégias alimentares para perda de peso, diminuindo assim essa inflamação.
Outra importante intervenção dietética que pode ser eficaz está relacionada ao equilíbrio entre a ingestão de ácidos graxos essenciais, ômega-6 e ômega-3, que normalmente está desequilibrado na maioria das dietas. Isso ocorre porque o ômega-3 tem efeitos anti-inflamatórios e o ômega-6 tem efeito oposto se estiver em desequilíbrio na dieta.
Conclui-se então, nesse estudo, que essas mudanças na alimentação podem afetar positivamente as respostas inflamatórias, a função plaquetária e a regulação do tônus vascular, portanto são eficazes na melhora da dor de cabeça/enxaqueca. Ou seja, nutrição e a enxaqueca podem sim, ter relação.
Lembrando que essas orientações não substituem o tratamento médico convencional de qualquer patologia, elas estão relacionados à prevenção e não a cura de doenças, para uma alimentação equilibrada e adequada procure sempre um nutricionista para lhe orientar.
Referências utilizadas
RAZEGHI JAHROMI, SOODEH; GHORBANI, ZEINAB; MARTELLETTI, PAOLO; LAMPL, CRISTÃO; TOGHA, MANSOUREH. ASSOCIAÇÃO DE DIETA E DOR DE CABEÇA. The Journal of Headache and Pain, v. 20 (1) Artigo número: 106, 14 nov. 2019.
Nutricionista: Viviane Rocha Fonteneles Wenzel
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