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Nutrição e cálculos renais

Cálculos renais são formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. Vários fatores de risco contribuem para a formação de cálculos renais, que incluem o histórico familiar, elevação de ácido úrico; índice de massa corporal (IMC) >30Kg/m², a presença de diabetes mellitus, síndrome metabólica e hábitos alimentares inadequados.

Sem sintomas aparentes ela pode passar desapercebida, mas pode também provocar dor forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção da região inguinal. É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de dor intensa seguido de certo alívio. Em alguns poucos casos, os pacientes são assintomáticos ou sentem pouca dor durante a passagem do cálculo pelos ureteres.

A resistência à insulina aumenta o risco de formação de cálculos renais por meio de alterações no metabolismo e transporte nas células dos túbulos renais. A resistência à insulina prejudica o processo de acidificação renal, ou seja, a produção de amônio a partir de L-glutamina nas células dos túbulos proximais, diminuindo o pH urinário e a excreção de citrato.

Pessoas que tenham casos de pedra nos rins na família ou que já tenham tido algum cálculo renal na vida devem ter sempre uma alimentação orientada pelo nutricionista, no sentido de evitar o aparecimento de mais problemas.

A relação entre alimentação e cálculos renais

Padrões alimentares saudáveis, como a dieta DASH ou mediterrânea, representam uma abordagem substancial de base populacional capaz de reduzir o risco de eventos cardiovasculares. Essas dietas são ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios com baixo teor de gordura; carnes magras, peixes, aves, nozes e feijões, enquanto a carne vermelha, gorduras adicionadas, alimentos processados, alimentos com alto teor de sal e alimentos e bebidas açucarados são limitados. O padrão alimentar saudável representa um estilo de vida que também inclui não fumar e praticar atividade física.

Uma dieta DASH pode diminuir o risco de formação de cálculos renais, aumentando a excreção urinária de citrato e o volume urinário. O alto consumo de proteínas animal, eleva a excreção de cálcio, oxalato e ácido úrico na urina e menor pH e citrato urinários. Proteínas de origem vegetal têm efeitos muito menores sobre esses parâmetros. Já uma baixa ingestão de cálcio, em média 500 mg/dia pode reduzir a calciúria nos formadores de cálculos de cálcio, mas aumenta a saturação de oxalato de cálcio na urina devido ao aumento da oxalúria, decorrente do aumento da absorção intestinal. Portanto, é preferível uma dieta com teor de cálcio ≥1g/dia, além de uma condição de hipercalciúria dependente da dieta. Um plano alimentar bem elaborado visa prevenir ou corrigir condições que causem alterações e complicações ao paciente e alcance uma melhora na qualidade de vida.

Nutricionista: Amanda Barbosa Neto – CRN: 42852

Instagram: @amandab.neto

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