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Nutrição Clínica

Doenças Inflamatórias Intestinais

15 de June de 2021

Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas que acometem o trato gastrointestinal, elas compreendem a doença de Crohn (DC) e a Retocolite ulcerativa (RU) ou colite ulcerativa. Ambas são idiopáticas e se manifestam clinicamente com quadros que podem se estender por muitos anos. Estas doenças possuem algumas características fisiopatológicas e clínicas peculiares que as diferem tanto na evolução quanto na sensibilidade terapêutica, sendo, portanto, fundamental sua distinção durante acompanhamento médico.

Retocolite ulcerativa

Na retocolite ulcerativa a inflamação é difusa e inespecífica, confinada à mucosa e submucosa da parede do trato gastrointestinal (TGI), restrita ao cólon e reto, sendo a transição entre tecido acometido e tecido normal nítida e bem demarcada. O comprometimento é contínuo e pode causar desde erosões na mucosa, nas formas leves da doença, até úlceras e comprometimento da camada muscular nas formas mais graves, com presença de pólipos e pseudopólipos inflamatórios em todas as formas da doença.

Doença de Chohn

Na doença de Crohn as lesões comprometem todas as camadas, da mucosa à serosa e apesar de haver envolvimento comumente restrito à porção final do intestino delgado e ao cólon, podem afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.

As duas doenças se apresentam com quadro de diarreia, associada ou não a sangue nas fezes, dor abdominal e perda de peso, sendo que pode evoluir para quadros de urgência e incontinência fecal rapidamente. Devido à irritabilidade do reto na RU, geralmente as evacuações são frequentes, em pequenos volumes e associadas a sangue, porém em pacientes idosos a frequência de espasmos pode levar à constipação. No aspecto geral do paciente pode apresentar febre, mal-estar e dor abdominal, principalmente no quadrante inferior esquerdo, que na maioria dos casos segue curso contínuo e crônico, mas também pode evoluir de forma intermitente crônica.           

Ao verificar os exames laboratoriais o paciente na maioria das vezes apresenta-se anêmico, pela dificuldade de absorção ou perda sanguínea, com leucocitose, hipopotassemia em casos de diarreia intensa e aumento progressivo da velocidade de sedimentação de eritrócitos (VHS), bem como elevação da proteína C-reativa, útil para acompanhar a progressão e gravidade da doença.

O diagnóstico é feito pelo processo dos dados clínicos, achados radiológicos e histológicos em biopsias endoscópicas e de peças de ressecção cirúrgica. Porém, não há nenhuma característica que isoladamente feche um diagnóstico de DII específica, sendo que muitas das vezes não é possível a determinação precisa de doença de Crohn ou retocolite ulcerativa.

Doenças Inflamatórias Intestinais e alimentação

Alimentação é de suma importância, pois ela auxilia no controle dos sintomas como diarreia, dor abdominal, distensão e o uso dos suplementos adequados para prevenção ou reversão da perda de peso. A dieta deve ser hipercalórica, pelo aumento das necessidades energéticas em decorrência da inflamação (30 a 35 kcal/kg/dia), hiperprotéica (1,5 a 2,0g/kg/dia), hipolipídica (menos de 20% das calorias totais) e normoglicídica com restrição de carboidratos simples e alimentos que causam flatulência. O teor de fibras insolúveis e resíduos (lactose, por exemplo) deve ser restrito e a alimentação deve ser fracionada em seis a oito refeições ao dia, contendo pouco volume.  Poderá incluir os carboidratos simples como a sacarose (em quantidade moderada) e a lactose (progressivamente, caso não exista intolerância) somente após a melhora clínica do paciente, deve-se aumentar gradativamente o conteúdo de fibras totais e insolúveis da dieta, mantendo-se moderado o teor de gordura (especialmente de ácidos graxos poli-insaturados ômega-6). As calorias devem ser adequadas ao estado nutricional do paciente.

É fundamental o entendimento da sua fisiopatologia por profissionais de saúde para que o tratamento seja eficaz, com melhores resultados progressivos sem prejudicar a qualidade de vida do paciente, no entanto os familiares devem guiar o portador de DII na melhor forma de conviver com a doença e otimizar os resultados do tratamento.

Nutricionista: Amanda Barbosa Neto – CRN: 42852

Instagram: @amandab.neto

Linkedin – Site da nutri

*O texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete a opinião da empresa. O blog é aberto caso outro(a) profissional queira escrever um contraponto.

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