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Tipos de dieta: conheça as principais estratégias 

Com tantos tipos de dieta por aí, com certeza você já escutou essa palavra alguma vez. Dentro do conceito do nutricionista, temos dietas pastosas, brandas, enteral entre outras. Também existem aquelas dietas populares – as famosas dietas da moda – que visam o emagrecimento.  

Diferente do que é proposto com o nutricionista as dietas da moda são padronizadas, não consideram a individualidade e, na maioria das vezes, acabam sendo bem restritivas. A dieta deve ser montada por um nutricionista que considere sua individualidade, todo seu histórico e que se adeque a sua rotina. 

Tipos de dieta para emagrecer 

A mudança da alimentação com o objetivo de emagrecimento possui como principal característica o déficit calórico. Este deve ser calculado baseado no gasto energético de cada um. Porém, não é apenas a dieta que deve ser alterada durante esse processo. Todo o estilo de vida deve ser considerado, assim como a relação com o alimento, ou seja, como se come, onde, com quem, quais tipos de alimentos, além, claro, da quantidade.  

Quais são os principais tipos de dieta? 

Existem dietas para diferentes objetivos. Dentro do mundo nutricionista, as dietas são muito variadas, pois depende da história de cada ser humano, preferências individuais, assim como de seus objetivos e características fisiológicas.  

Considerando a textura da dieta existem: 

  • Dietas pastosas 

Dieta utilizada para pacientes em fases críticas de Doenças Crônicas, pacientes com dificuldade de mastigação, ou deglutição, pacientes com danos neurológicos, alterações da boca ou esôfago, e uso de próteses dentárias. Dieta que proporciona certo repouso digestivo. 

  • Dietas líquidas 

Alimentos permitidos: caldos de hortaliças, caldo de frango ou carne de gado sem gordura e sucos coados. 

  • Dietas sólidas  

É indicada para indivíduos que não necessitam de modificações em nutrientes e na consistência. Inclui todos os alimentos indicados em uma dieta saudável. 

Considerando o teor calórico: 

  • Hipocalórica X Dieta low carb (Dieta Atkins) 

A dieta hipocalórica é utilizada com o objetivo de promover um déficit calórico de 500-750 kcal/dia em relação ao gasto energético total, com uma proporção balanceada de proteína, carboidrato e gordura em quantidades reduzidas. Sendo o valor de energia total em média de 1200-1500kcal/dia para mulheres e 1500-1800 kcal/dia para homens. 

Já a dieta low carb ficou conhecida a partir do livro “A nova Dieta do Dr.Atkins”. Esse padrão alimentar restringe o consumo de carboidratos e permite, sem limitações, o consumo de proteína animal e gorduras.  

A definição de baixo teor de carboidratos é variada, abrangendo desde 20g até 120g (6 a 45% do VET). Poucos ensaios clínicos randomizados registram dados de efeitos adversos como constipação, dor de cabeça, halitose, cãibra muscular, diarreia e fraqueza.  

Segundo a ABESO a dieta low carb induz redução de peso em estudos de curta a média duração (3 a 6 meses), porém ela não está dieta não induz maior perda de peso em relação a outros tipos de dieta em estudos de longa duração. 

  • Normocalórica 

A dieta normocalórica visa manter o peso. É calculado o quanto o indivíduo gasta no dia de energia com atividades diárias, exercício físico e o plano alimentar possui essa mesma quantidade de calorias. 

  • Hipercalórica 

A dieta com alto teor de calorias tem como um dos principais objetivos o ganho de peso para pessoas que estão com baixo peso. Esse padrão alimentar aumenta frequência das refeições, aumenta a densidade calórica das preparações e fornece de 500 a 1000 kcal extras por dia, com distribuição normal dos macronutrientes. 

Considerando o teor de proteína 

  • Hipoproteíca 

Esse tipo de dieta fornece uma quantidade menor de proteínas, baseado na necessidade do indivíduo. 

  • Normoproteíca 

A normoproteíca fornece exatamente a quantidade que o indivíduo necessita, baseado nos seus gastos diários.  

  • Hiperproteíca 

A dieta hiperproteíca fornece uma quantidade mais elevada de proteínas do que o indivíduo necessita (1,5 a 2,0 g/kg de peso), com o objetivo de promover hipertrofia e recuperação na fase pós-transplante imediato entre outros casos. 

Considerando alergias e intolerâncias  

  • Dieta sem glúten; 

A dieta sem glúten, apesar de ter se popularizado como um padrão alimentar que poderia trazer benefícios a todos, quando avaliamos as pesquisas, a única comprovação científica de que a retirada do glúten traz algum benefício para a saúde é em casos de indivíduos portadores de doença celíaca. Os celíacos necessitam ter um grande cuidado com essa proteína, inclusive com a contaminação cruzada.  

  • Dieta sem lactose; 

Esta dieta é para ser implementada apenas para as pessoas que possuem uma intolerância à lactose – produtos como leite, iogurte, manteiga. As pessoas com alergia possuem reações a proteína do leite e não à lactose. 

Já em relação a patologias 

  • Dieta dash; 

A dieta Dash é padrão alimentar para o controle da hipertensão arterial, os seus pilares são a preferência por alimentos ricos em fibras, comer frutas e hortaliças, incluir 3 ou 4 refeições com laticínios desnatados ou semidesnatados por dia e diminuir ou evitar consumo de doces, bebidas com açúcar, carne vermelha e ultraprocessados. É uma dieta rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e, contêm quantidades reduzidas de colesterol, gordura total e saturada. 

Também há dietas por questões de escolhas pessoais e religiosas 

  • Vegetariana/vegana; 

A dieta vegetariana e vegana tem sido uma escolha de padrão alimentar e de estilo de vida de grande parte da população. Elas têm como objetivo da retirada ou diminuição do consumo de produtos alimentícios de origem animal com o fim de proteção dos animais e de promover sustentabilidade. 

  • Kosher 

A dieta Kosher vem de alguns princípios judaicos, que estão de acordo com as regras denominadas kashrut que seguem a Torá. A carne deve ser consumida de animais ruminantes e que não tenham cascos bipartidos, nunca se deve ingerir sangue, deve-se separar, uns dos outros, os utensílios utilizados no preparo de carnes, leite e seus derivados. Esses são algumas das regras da alimentação kosher. 
 

Dietas da internet 

  • Dieta cetogênica; 

A dieta cetogênica tem sido utilizada desde 1920 como protocolo alternativo para o tratamento da epilepsia refratária e se inicia com a razão gorduras/carboidratos+proteínas de 3:1 ou 4:14,5. Essa proporção é ajustada para manter a cetona urinária em concentração moderada ou alta, variando entre 80-160 mg/dL. 

Esta dieta tem como base as carnes e são permitidos uma lista limitada de vegetais. Em nosso blog já temos um post exclusivo dessa dieta. 

  • Dieta Paleolítica; 

A dieta paleolítica possui a exclusão de carboidratos complexos integrais, assim como a exclusão de leites e derivados e de consumo de grãos (leguminosas e outros). Sendo estes alimentos fontes de fibras solúveis e insolúveis, proteínas vegetais, ferro, folato, cálcio e fibras. Porém, possui consumo liberado de carnes, que possui alto teor de gordura saturada. 

  • Dieta da sopa 

Esta dieta sugere a substituição de duas refeições (almoço e jantar) por sopas caseiras durante uma semana. Não é permitido bater as sopas no liquidificador e os legumes e verduras devem ser picados em pedaços maiores. Essa dieta é muito pobre em carboidratos, como efeito colateral pode ser apresentado fraqueza, tonturas, dores de cabeça, cansaço, mau humor e indisposição, entre outros. 

  • Dieta detox 

Essa dieta é muito popularizada e promete “limpar” o corpo e promover o emagrecimento (claro…), porém os artigos científicos têm problemas em provar a sua eficácia a longo prazo, já que acabam gerando um reganho de peso rápido. Os alimentos frequentemente utilizados são, em geral, sucos e chás. 

  • Dieta sem açúcar  

Em uma dieta sem açúcares existe a exclusão de doces, balas, refrigerantes, bolos, biscoitos e qualquer outro alimento que contenha açúcar em sua preparação, incluindo mel e melado. 

  • Dieta alcalina 

Esta promete “eliminar as toxinas” do organismo e promover o emagrecimento. Ela também é conhecida como dieta do ph. É composta apenas por vegetais, sendo os alimentos liberados a água, maçã, amêndoa, tomate, abacaxi, morango, cereja, pêssego, damasco, banana, laranja, pimentão, nabo, arroz, milho, soja, folhas verdes-escuras, aspargo e goiaba e evitar alimentos processados, ultraprocessados e de origem animal. Esta dieta pode comprometer o consumo de todos os nutrientes que necessitamos. 

  • Dieta pegan 

É um padrão alimentar que junta dois outros tipos de dieta: a paleolítica e a vegana. O plano prioriza vegetais e frutas, com ingestão de quantidades pequenas a moderadas de carne, peixes, nozes, sementes e algumas leguminosas. Já açúcares, óleos e grãos processados devem ser evitados. 

Dieta e reeducação alimentar são a mesma coisa? 

Dieta, diferente do que muitos pensam, é tudo o que comemos em um dia. Já a reeducação alimentar tem como objetivo a mudança de hábitos, sendo este um processo com objetivos de longo prazo.  

Toda hora surge uma nova dieta com promessas milagrosas como o emagrecimento rápido para atingir a tal barriga “chapada”, porém as consequências são graves podendo desencadear transtornos alimentares entre outros problemas de saúde.  

A mudança na alimentação deve ser gradual, sem restrições extremas e sem passar fome. Assim os diferentes tipos de dieta devem ser feitos com o acompanhamento de um nutricionista, pois o plano é montado de maneira individual.  

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Sobre o autor

Nutricionista Ana Ruiz https://dietbox.me/pt-BR/ana-correa-ruiz

Nutricionista, pesquisadora colaboradora do grupo de pesquisa em Comportamento Alimentar da PUCRS e voluntária da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável. No Dietbox trabalha junto à equipe de Customer Experience.

* O texto é de inteira responsabilidade do(a) autor(a) e não reflete a opinião da empresa. O blog é aberto caso outro(a) profissional queira escrever um contraponto.

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